Ciência

Emissão de poluentes precisa cair 42% até 2030 para “salvar” o planeta

Conforme reportagem da Agência Brasil, até 2030 os países precisam reduzir em 42% as atuais emissões de gases poluentes, do efeito estufa (ou em 57% até 2035) para manter o aquecimento global na taxa de 1,5 grau Celsius. É o que revela o Relatório Sobre a Lacuna de Emissões 2024, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

“A continuação do esforço de mitigação com as atuais políticas levam o aquecimento global a um máximo de 3,1°C ao longo do século, com 66% de probabilidade, e ainda resta 10% de probabilidade de que o aquecimento possa exceder 3,6°C”, destaca o relatório.

Isso significa que as medidas atualmente aplicadas pelos países ao redor do planeta não estão sendo suficientes para impedir uma catástrofe climática, visto que isso só será possível caso consigamos manter a temperatura terrestre em 1,5ºC acima do período pré-industrial, conforme compromisso assumido pelos países signatários do Acordo de Paris em 2015.

Segundo o relatório, se os países passassem, agora, a cumprir plenamente os termos do Acordo, a elevação da temperatura da Terra ficaria em 2,6ºC até 2030 — muito acima do idealizado. Já se nada mudar e o mundo apenas seguir com as atuais medidas colocadas em prática, esse aquecimento será de 3,1ºC. O relatório levanta que as emissões precisam cair 28% até 2030 e 37% até 2035 para limitar o aquecimento global em menos de 2ºC, o que ainda seria um nível maior do que o 1,5ºc desejado.

“Estamos sem tempo. Fechar a lacuna de emissões significa fechar a lacuna de ambição, a lacuna de implementação e a lacuna financeira”, afirma o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. O apelo é dado às vésperas da próxima rodada de negociações que ocorrerá entre os dias 11 e 22 de novembro, na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), quando termos que atualizam as contribuições assinadas pelos países no Acordo de Paris serão elaborados. O prazo máximo para que se oficializem essas atualizações é fevereiro de 2025, antes da 30ª COP, a ser realizada aqui no Brasil, em Belém, capital do Pará.

“Há uma ligação direta entre o aumento das emissões e os desastres climáticos cada vez mais frequentes e intensos. Em todo o mundo, as pessoas estão pagando um preço terrível. Emissões recordes significam temperaturas marinhas recordes que potencializam furacões monstruosos; o calor recorde está transformando as florestas em barris de pólvora e as cidades em saunas; chuvas recordes estão resultando em inundações bíblicas”, alerta Guterres.

O relatório também traça os caminhos para evitar a chegada do ponto de inflexão — aquele a partir do qual não há mais retorno. Incremento da produção de energia solar e eólica, redução do desmatamento e aumento do reflorestamento são medidas listadas nesse sentido, com potencial de reduzir as atuais emissões de poluentes em 19% em 2030 e 20% em 2035, segundo os pesquisadores.

Ou seja: nada de novo proposto aqui, nada que já não esteja sendo dito “desde sempre”, mas que ainda não é encarado com a rigidez necessária para mudar o cenário global.

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Patricia Gnipper

Coordenadora editorial do Drops de Jogos.

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