(Créditos: Reprodução/Freepik)
Superluas, chuvas de meteoros e conjunções planetárias são eventos astronômicos que acontecem regularmente ao longo de cada ano. Eclipses também têm sua recorrência, mas por serem menos frequentes, acabam sendo os queridinhos do público. E, apesar de constarem quatro eclipses no calendário astronômico de 2025, apenas um deles poderá ser visto no céu do Brasil.
Pois é: se você ficou animado ao ler por aí que “em 2025 teremos dois eclipses lunares e dois eclipses solares”, sinto muito por trazer o balde de água fria mas a verdade é que nós, brasileiros, veremos só um eclipse nos próximos doze meses. Os demais não serão visíveis por aqui, mas a gente sempre pode contar com transmissões ao vivo pela internet, não é mesmo?
Mas se você estiver achando que a Lua te traiu porque você acreditou que era pra valer, pode virar o disco e pedir que a Lua vá iluminar os pensamentos dela pois em 2025 vamos admirar três incríveis superluas por aqui. E então poderemos cantar que não há no mundo quem possa te dizer que não é tua a Lua que eu te dei.
Referências musicais à parte, confira abaixo quando acontecem os eclipses e as superluas deste ano no Brasil. Na sequência, descubra outros eventos astronômicos interessantes que poderemos observar por aqui em cada mês de 2025, como as tradicionais chuvas de meteoros e conjunções entre astros no céu noturno.
Este mapa mostra a visibilidade do eclipse lunar total de 14 de março no Brasil (Imagem: Reprodução/timeanddate.com)
Quem estiver no Brasil e quiser testemunhar este eclipse ao vivo deverá se preparar para virar a noite. É que tudo começa pouco antes da 1h da madrugada do dia 14 — precisamente às 0h57 — com um tímido eclipse penumbral. Neste instante, a Lua começa a ficar sutilmente escurecida, pois ela ainda estará passando pela penumbra da Terra (a parte mais externa da sombra do planeta).
Às 2h09, o eclipse lunar entra em sua fase parcial. É a partir daqui que a coisa vai ficando interessante, pois este é o momento em que a sombra da Terra vai lentamente encobrindo a superfície lunar. Em outras palavras, é quando a Lua começa a “sumir” aos poucos.
Esse processo segue até as 3h26, horário em que o fenômeno já será um eclipse lunar total. É quando a Lua cheia fica escura e avermelhada, totalmente encoberta pela sombra da Terra passando entre nosso satélite natural e o Sol. O ponto máximo da fase total deste eclipse acontece das 3h58 até as 4h31.
A partir daí, pouco a pouco a superfície da Lua volta a refletir a luz solar, numa espécie de eclipse parcial reverso, sendo que esta etapa acaba às 5h47. E é quase neste mesmo horário que a Lua vai se pôr no horizonte, ainda eclipsada.
Veja na imagem abaixo como será o pôr da Lua no eclipse total de março. Às 5h20 ela começa a se aproximar do horizonte, se escondendo abaixo dele a partir das 5h50:
A Lua vai se pôr no finalzinho do eclipse (Imagem: Patricia Gnipper via Stellarium)
“Superlua” não é exatamente um termo astronômico. Trata-se de um apelido informal para a “Lua Cheia perigeana” — nome da Lua cheia que ocorre durante seu perigeu, isto é, o ponto mais próximo da Terra que nosso satélite natural alcança ao longo de sua órbita elíptica.
A Lua completa uma órbita ao redor do nosso planeta a cada 27,3 dias, então eventualmente ela passa pelo ponto mais próximo de nós (perigeu) nesse trajeto. E quando ela atinge este ponto durante sua fase cheia, ela é popularmente chamada de superlua, já que neste momento a Lua pode parecer até 15% maior e até 30% mais brilhante do que a “microlua” — apelido da Lua cheia quando esta passa pelo ponto mais distante da Terra (apogeu).
Comparativo entre a aparência de uma superlua ao lado de uma microlua (Créditos: Reprodução/timeanddate.com)
Abaixo, você descobre quando acontecem os grandes eventos astronômicos deste ano — em especial as conjunções e oposições planetárias e as chuvas de meteoros. Afinal, estes costumam ser os fenômenos celestes mais admirados depois dos eclipses e das superluas.
Ah! Importante ressaltar que, na lista a seguir, constam apenas os eventos astronômicos que serão visíveis aqui no hemisfério Sul. Sim, tivemos o cuidado de verificar, entre todos os eventos do calendário astronômico de 2025, quais seriam impossíveis de serem vistos aqui no Brasil. Afinal, ninguém gosta de se empolgar com a notícia de que “nesta semana tem evento astronômico XYZ” para somente na hora H descobrir que tal evento só poderia ser visto, sei lá, da Austrália, não é mesmo?
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