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Jornalismo de Games BR: não é sobre dinheiro; é respeito aos profissionais – Um relato

Sou agente cultural há duas décadas na cena paulistana. Antes disso, fui empresário, cenógrafo, bonequeiro, trabalhei em TV e fui publicitário (entre outras coisas).

Em 2004, fui curador da primeira Mostra de Games Brasileiros, junto com Alê MacHaddo, ex-presidente da Abragames. Em seguida, comecei a escrever sobre games como análise acadêmica, até chegar ao jornalismo de games, onde permaneço ao longo da última década.

Em todo esse tempo, foram raras as ocasiões em que os games se converteram em alguma forma de retorno financeiro.

Mas não escrevo sobre os games para ganhar dinheiro: escrevo para enaltecer a resistência desse mercado, que vem lutando desde sempre contra as agruras do país e vem rompendo nosso trágico ciclo de derrotismo nacional.

Desenvolvedores de games brasileiros são heróis não-Macunaímicos, que insistem em ir além, sem preguiça, com o claro objetivo de mudar esse panorama, de conquistar jogadores do Brasil e do mundo. E estão conseguindo a passos árduos e vigorosos.

Em quatro anos de existência, o Drops de Jogos jamais "se pagou" e isso nunca foi um valor para os editores do site. Obviamente, nenhum de nós recusaria um milhão, mas folgo em ver que encontrei no Pedro Zambarda uma convergência de ideais, de mostrar para o mundo o que se faz com a Cultura de Games em terras tupiniquins.

São quatro anos de muito trabalho e dos quais muito nos orgulhamos, pois, mesmo com todas as dificuldades que o cenário brasileiro impõe aos emprendedores do país, conseguimos dar nossa singela contribuição para este viés da cultura contemporânea, que se converte lentamente em indústria nacional.

Agora, após milhares de textos, vídeos, áudios, artigos e quadrinhos, o site começa a dar sinais de fadiga e limitações técnicas, e decidimos compartilhar este assunto com todos, especialmente com aqueles à quem vimos dedicando grande parte de nosso trabalho, os desenvolvedores nacionais.

Como diz o título desse artigo, nunca se tratou de ganhar dinheiro, mas de dar visibilidade à produção de games no país, a cada dia mais percebida no mercado exterior, e alvo de crescente interesse também entre os jogadores brasileiros.

Não se trata de dinheiro: trata-se de respeito aos que se dedicam a criar entretenimento digital no Brasil.

Se você acredita que este mercado merece crescer e merece estar na mídia, contribua com qualquer valor para a manutenção de nossos servidores.

Se não tiver dinheiro, ajude-nos divulgando nossa iniciativa.

Não queremos deixar morrer as centenas de entrevistas e informações sobre os indie games brasileiros, alguns deles jamais percebidos pela grande mídia.

A campanha está disponível no site de financiamento coletivo Padrim, acessível através desse link.

Outras informações sobre o projeto, podem ser encontradas no documento online Drops de Jogos + Dev BR.

Agradecemos imensamente a todos aqueles que compreendem nossa paixão e respeito pelos games brasileiros e se dispõem a ajudar de qualquer forma!

Vida longa aos Games BR!

Kao Tokio

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