O Nerd ao Cubo, empreendimento que alcançou a marca de mais de um milhão de caixas enviadas ao público em cerca de três anos, passou a apostar na venda de seus produtos em eventos. A empresa montou um estande no Anime Friends 2018 e conta que a receptividade está acima do esperado, mesmo em dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo. "Estamos vendendo legal, foi correria logo no primeiro dia", afirmou Raul Calhelha, um dos sócios do projeto, em entrevista ao Drops de Jogos.
"Esse é o nosso primeiro evento, a gente nunca tinha participado de algo assim, mas não podíamos deixar de participar de um dos principais eventos de cultura geek e anime do ano", comentou Raul, informando que a empresa já está em negiciações para participar também da Brasil Game Show deste ano, com outras novidades.
A empresa, hoje integrante do grupo Webedia, que concentra portais como TudoGostoso e IGN Brasil, entre outros, não sabia o que esperar dessa aproximação com o público, mas se diz satisfeita com os resultados já no primeiro dia de Anime Friends. "A gente achava que esse primeiro dia, por causa do jogo do Brasil, ia ser bem morno, mas está bem lotado o evento. Fizemos uma caixa especial para o Anime Friends com toda uma roupagem com a identidade do evento, e inserimos alguns itens de animes, já enviados em caixas anteriores, e coisas novas que a gente fez para o evento. Além disso, criamos um cubinho legal com uma interrogação [sobre o conteúdo] contendo camisetas aleatórias".
Quando o assunto é a sacada para criar do zero um projeto tão bem sucedido, Raul se anima a informar que "o surgimento do Nerd ao Cubo é uma história engraçada". "Somos três engenheiros que trabalhavam juntos em uma empresa do ramo, e meu sócio teve esse insight de clube de assinaturas, primeiro com produtos de grande consumo, como fraudas e tal. Em algum momento, surgiu a ideia de juntar esse hobby que ele tinha com o clube de assinaturas. Ele conversou comigo, que também tinha essa paixão, e a gente começou a montar o negócio", afirmou.
"Não existia ninguém no Brasil, a gente foi o primeiro clube de assinaturas. A gente se inspirou muito em um negócio americano, hoje um dos maiores e-comerces do mundo, e começou com base nesse modelo. Mas é claro que no Brasil o mercado é totalmente diferente, a dificuldade em conseguir os produtos é de outra ordem, mas foi assim que a coisa começou".
"O público brasileiro sente muito a carência de produtos colecionáveis a um preço acessível", externou, explicando que essa ainda é uma grande dificuldade também para o grupo na hora de montar cada novo kit. "O público em geral gosta muito das camisetas que a gente faz, e as HQs e livros que enviamos, resultado das parcerias com editoras, o que ajuda a manter o mercado editorial bem aquecido pelo volume que a gente consegue rodar".
Ainda que haja entraves por conta da economia brasileira e todos os problemas de nosso mercado, os profissionais permanecem determinados, acreditando que as coisas tendem a melhorar para o público nerd: "Estamos investindo bastante pra ter uma caixa melhor a cada mês. O público pode esperar que os produtos vão evoluir. Tem muita coisa legal pela frente, ainda!"
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