Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
A experiente jornalista Patricia Gnipper, nossa coordenadora editorial, publicou um texto com o título “‘Bots de esquerda’: a estratégia norte-americana para confundir o eleitor“. Na reportagem, ela diz que essa abordagem surgiu do perfil Call to Activism criado pelo advogado Joe Gallina “para enfrentar [Donald] Trump”.
Segundo Patricia, o ativista “sentiu cheiro de coisa estranha no ar” da rede social Bluesky, concorrente do X/Twitter, de Elon Musk, ao notar uma “invasão” de perfis com discurso democrata (ou seja, oposto ao de Trump, que é do Partido Republicano) que insistentemente discordavam, com extrema educação, de afirmações de outros usuários pela rede, com essas respostas sempre sugerindo que aqueles autores estavam sendo extremistas, ofensivos, generalistas e coisas do tipo.
A estratégia já está sendo implantada aos poucos no Brasil. E as notícias são péssimas neste aspecto.
Desde 2020, o Movimento Brasil Livre, o MBL, já tinham fãs envolvidos com perfis anônimos pró-Trump. Um grupo de bots do X/Twitter exaltavam o atirador Kyle Rittenhouse. Kyle, que era menor de idade, matou dois manifestantes antirracistas do Movimento Black Live Matters e foi absolvido dos processos na Justiça.
O judiciário americano afirma que ele agiu em legitma defesa. A questão é que esses bots mostram um movimento supostamente rompido com o bolsonarismo, o MBL, na esfera de influência de Trump no Brasil. E o trumpismo também tem laços explícitos com Eduardo Bolsonaro, que fez visitas ao presidente eleito que corria o risco de não ser eleito.
Ao mesmo tempo em que esses perfis anônimos do X/Twitter tem redes também no Discord e outras redes, especialmente o MBL costuma organizar ataques em que eles orientam seus militantes a se passarem pela esquerda, supostamente discordando de outros esquerdistas.
É um refinamento de estratégias digitais anteriores. O MBL é pioneiro na extrema direita brasileira desde sua fundação, em primeiro de novembro de 2014, há uma décadas.
Eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de 78 anos, contou com a ajuda de diversas figuras em sua campanha contra Kamala Harris. Uma delas foi Elon Musk, dono do X/Twitter e da Tesla. O bilionário usou a morte do esquilo Peanut, celebridade nas redes sociais com mais de 840 mil seguidores, como símbolo do eleitorado republicano.
Musk acabou ganhando cargo no governo que vai assumir em 2025. Um prêmio. E a atitude de Elon Musk turbinou Trump eleitoralmente, sobretudo com montagens em IA, inteligência artificial, do caso. É uma sofisticação de gabinetes de ódio no começo dos movimentos de extrema direita neste século 21. Movimentos de manada mais bem estruturados.
Mark Longo acolheu Peanut há sete anos, após ver o filhote de esquilo perto de sua mãe, que havia sido atropelada por um carro. Ele cuidou do animal até que estivesse forte o suficiente para ser solto, mas disse que o encontrou de volta em sua varanda na manhã seguinte com “um pedaço do rabo faltando”.
No dia 3 de setembro, o esquilo órfão foi sacrificado. O caso aconteceu após as autoridades locais apreenderam o animal de estimação. Denúncias de vizinhos sob condições inadequadas ao animal foram feitas ao Departamento de Conservação Ambiental do estado (DEC), que apreendeu Peanut e um guaxinim chamado Fred, que estavam no santuário em Pine City, perto da fronteira com a Pensilvânia.
Os animais foram sacrificados para serem testados para raiva, após Peanut morder um dos oficiais. Assim, Elon Musk comentou sobre o assunto e criticou o ocorrido. E Trump saiu como protetor dos animais contra a cruel Kamala e o Partido Democrata – imitando inclusive uma pauta mais ligada à esquerda, o Direito animal.
É a mentira de uma maneira mais estruturada.
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Informação de Mônica Bergamo
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