Drops de Jogos recebeu informações oficiais. 3 em cada 10 estudantes já utilizaram Inteligência Artificial, aponta pesquisa inédita do Google.
Um novo estudo realizado pelo Google, em parceria com a Educa Insights, aponta que 70% dos estudantes brasileiros já ouviram falar sobre Inteligência Artificial, e 3 em cada 10 já utilizaram ferramentas com a tecnologia. A pesquisa ainda aponta que a perspectiva dos estudantes com o desenvolvimento da tecnologia é bastante positiva: 86% acreditam que a IA será eficaz ou muito eficaz na resolução das dúvidas e problemas, enquanto 10% afirmam ainda não saber, e 4% acreditam que será pouco eficaz na resolução de dúvidas e problemas.
Quando perguntados sobre os pontos mais favoráveis da IA no ensino, os entrevistados afirmam que é justamente o acesso à informação, enquanto o mais negativo seria a falta de interação humana.
E o recado é bastante claro: é esperado, pela maior parte dos estudantes, que as instituições de ensino contem com recursos e tecnologias de ponta – 73% consideram importante que invistam em novas tecnologias, como Inteligência Artificial.
“Acompanhar a tecnologia e seus avanços nunca foi tão importante, mas essencial mesmo (e melhor ainda) é podermos torná-la nossa aliada e fazê-la trabalhar ao nosso favor. Pensando no futuro da educação, podemos dizer que a Inteligência Artificial vai ser o novo hack de aprendizagem. Isso porque, se analisarmos, nós já buscamos as informações que precisamos no YouTube, por exemplo. A diferença é que agora podemos dar o contexto e ter nosso tempo e esforços cada vez mais otimizados.“ afirma Thais Melendez, líder de insights para o segmento de Educação do Google no Brasil.
Hipercognitividade
Segundo a pesquisa do Google com a Educa Insights, os brasileiros estão cada vez mais conectados inclusive na hora de aprender: cursos com alguma carga horária à distância, considerando EAD e semipresencial, já são os preferidos em diferentes modalidades de ensino: graduação (64%), pós-graduação (75%), cursos livres (75%) e idiomas (63%). Além disso, o modelo híbrido é o preferido para 40% dos entrevistados interessados em ingressar numa graduação nos próximos 12 meses– aumento de 15 pontos percentuais em relação a 2022.
O estudo ainda revela a vontade dos brasileiros em estudar nos próximos 12 meses: a partir de uma estimativa que considera o percentual de respondentes e a população brasileira, a Educa Insights estima que 6,5 milhões de brasileiros tenham interesse em cursos livres; 3,9 milhões em realizar uma graduação e 1,1 milhão uma pós-graduação, o que revela um enorme potencial para o mercado de educação no país.
Outro ponto que reforça a alta demanda é o crescimento das buscas no Google: no primeiro trimestre de 2023, as buscas sobre pós-graduação cresceram 13% em relação ao mesmo período do ano passado – no caso dos cursos livres, a alta foi de 8% e para a graduação, 7%. Confira, abaixo, alguns dos crescimentos registrados no volume de buscas no Google a respeito de cursos e suas diferentes modalidades:
“Quem está planejando estudar já conhece o presencial, passou pela experiência de estudar à distância durante a pandemia e agora opta pelo melhor dos dois mundos no modelo semipresencial”, comenta Melendez. “O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e irá demandar mais requalificações das pessoas. A única forma de acompanhar é continuar estudando” completa a executiva.
Outro destaque da pesquisa do Google com a Educa Insights é a massiva preferência pelo uso do celular para buscar opções de educação. O estudo aponta que 38% das pessoas que querem estudar nos próximos 12 meses prefeririam se inscrever no vestibular ou matricular utilizando um aplicativo.
Perfis dos futuros estudantes
Indo mais a fundo para entender quem são os brasileiros que responderam ter interesse em estudar nos próximos 12 meses, a Educa Insights chegou a três perfis de estudantes: os que estão formação inicial, os que seguem a formação continuada e os chamados lifelong learners, ou seja, aqueles que continuam estudando ao longo da vida.
Analisando os perfis, além dos diferentes interesses em cada vertical de ensino, a pesquisa comprova também o interesse dos brasileiros por formações alternativas, como Cursos Livres.
“Só a faculdade já não dá conta de atender a imensa lista de habilidades, como inglês, programação e soft skills (habilidades comportamentais) que o mercado de trabalho exige. Por isso que, quando perguntamos aos estudantes, vemos que há muita interdisciplinaridade dentro dos interesses e objetivos buscados. Quem faz uma graduação também quer fazer um curso livre, quem está na pós também busca um idioma, e o mesmo acontece com quem quer fazer um curso livre”, acrescenta Melendez.
A pesquisa entrevistou cerca de mil estudantes de todo o Brasil durante o mês de maio deste ano por meio de questionários online.
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