A Positivo Tecnologia, por meio de sua área de inovação educacional, acaba de anunciar um acordo de cooperação tecnológica e pedagógica com a Micro:bit Foundation, entidade sem fins lucrativos com sede na Inglaterra, para introduzir o micro:bit nas escolas públicas e privadas, inicialmente do Brasil e, sucessivamente, em outros países da América Latina. A aliança estratégica prevê também a participação da Positivo no desenvolvimento, aperfeiçoamento e adaptação do micro:bit, plataforma baseada em um pequeno computador programável criada pela BBC para despertar o interesse por tecnologia, invenção e empreendedorismo, inspirar a cultura maker e ajudar a formar uma nova geração de inovadores em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Essa é a primeira vez que um país será parceiro de desenvolvimento de tecnologia do micro:bit. “Ou seja, não se trata apenas de um acordo comercial e, sim, de um projeto de cooperação internacional que conta com o apoio da Secretaria de Políticas de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)”, diz Roger Finger, head de Inovação da Positivo Tecnologia. A Positivo Tecnologia vai localizar programas desenvolvidos pela rede pública de rádio e TV do Reino Unido, BBC, desenvolver novos programas e também criar kits de acessórios e módulos periféricos para expandir ainda mais as funções e ligações do micro:bit com o currículo escolar.
“Em alguns anos, uma nova geração chegará ao mercado de trabalho, e é um desafio para todos que trabalham com educação prepará-los para enfrentar as transformações geradas pela revolução da Internet das Coisas (IoT). Estaremos cercados de dispositivos conectados à internet e será preciso entender e conviver com essa interligação. Aprender a programar e trabalhar com o micro:bit desde os primeiros anos escolares, é um passo fundamental para o sucesso profissional nesse amanhã digital”, completa o head de inovação da Positivo Tecnologia.
Cultura maker – com o micro:bit todos são inventores
Basicamente, o micro:bit é uma placa de circuitos que fica exposta justamente para atiçar a curiosidade sobre seu funcionamento. Compacta, prática e fácil de usar, tem um conector micro USB para alimentação e transferência de dados a partir de um PC, conector para bateria externa (2 pilhas AAA), um botão de RESET, dois botões de ação (A e B) e um pequeno display composto por 25 LEDs vermelhos arranjados em uma grade de 5 x 5, que podem ser usados para mostrar texto ou imagens. “O micro:bit é uma poderosa ferramenta para despertar o interesse dos jovens por programação e eletrônica e incentivar a cultura maker”, explica Roger. Segundo ele, o micro:bit é o único dispositivo que permite a produção de inúmeros projetos e programações sem precisar de acessórios. “Só com o display de LED e os sensores embutidos já é possível programar e ver os resultados na hora, o que para os alunos representa muito. Eles ficam extremamente motivados”, diz Roger, completando que com mais acessórios, sensores, etc., os projetos vão ficando mais robustos e complexos, mas que apenas com o micro:bit, crianças e jovens podem colocar em prática o conceito da IoT (Internet das coisas) e ter aulas práticas e divertidas para aprender a construir gadgets e criar programas para transformar dados em soluções criativas e inovadoras. São infinitas possibilidades para serem exploradas na escola ou fora dela, já que o micro:bit pode ser levado para casa.
Criado pela BBC em colaboração com 31 parceiros, entre eles ARM e Microsoft, o micro:bit começou a ser distribuído gratuitamente em 2016 a cada aluno do sétimo ano das escolas na Inglaterra e em Gales, e para estudantes na Irlanda do Norte e na Escócia de turmas equivalentes (a partir de 11 anos de idade, início do ensino médio), e hoje já é usada por um milhão de alunos, com programas educacionais desenvolvidos pela BBC e resultados comprovados: pesquisas realizadas junto a estudantes e professores revelam que o projeto teve um impacto forte e muito positivo, com 90% dos estudantes afirmando que o BBC micro:bit ajudou a mostrar que qualquer pessoa pode programar.
Diante do sucesso da iniciativa, foi criada a Micro:bit Educational Foundation e a plataforma começou a ser implementada em outros países. Hoje, há projetos em andamento em 40 países, como Finlândia, Irlanda, Noruega e Holanda e a Positivo Tecnologia foi o parceiro escolhido pela Micro:bit Foundation para o Brasil e a América Latina.
Resultados positivos no Reino Unido
Em pesquisas realizadas pela BBC, 90% dos estudantes afirmaram que o micro:bit mostrou que qualquer pessoa pode programar, 88% descobriram que programação não é tão difícil como pensavam, e 45% disseram que considerariam TIC e ciência da computação como uma opção no futuro (antes do projeto, esse índice era de 36%). Entre as garotas, o impacto foi ainda mais expressivo: de 23% antes do micro:bit para 39% depois – um aumento de 70%.
Entre os professores, os resultados também são positivos: 75% dos educadores usaram ou têm intenção de usar o micro:bit, 85% concordam que o projeto fez com que as disciplinas de TIC e ciências da computação se tornassem mais agradáveis para seus alunos e 80% disseram que o micro:bit ajudou os jovens a perceberem que programação é menos difícil do que parece. Além disso, metade dos educadores que usaram o micro:bit dizem que se sentem mais confiantes como professores, em particular aqueles que dizem que não se sentiam tão seguros ao ensinar computação.
Mais informações, inclusive para escolas interessadas em adquirir o micro:bit estão disponíveis em http://www.microbitmaker.org/
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