O cineasta, artista, poeta e fotógrafo Tadeu Jungle, que apresentou oito filmes feitos em realidade virtual na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, concedeu entrevista à jornalista Teté Ribeiro da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. Confira alguns trechos.
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Agora, está tomado pelas novidades que a inteligência artificial vai tornar possíveis. Já pensa em como usar no seu trabalho de criação e estuda como aproveitar melhor esse novo agente. Porque essa, diz ele, é a grande novidade. A inteligência artificial não é uma ferramenta, é um agente.
“A inteligência artificial é algo diferente de tudo o que a gente já criou em termos de tecnologia. Várias tecnologias mudaram o mundo, desde a eletricidade à imprensa. O cinema na internet, né? Mas a IA vem pensante, é um agente. Ela aprende e vai poder nos ensinar também”, afirma. “É um retrovisor, claro, mas que vai refletir de volta de maneira elaborada tudo que for aprendendo”, completa.
“Preciso aprender como isso funciona e ver que partidos eu posso tirar na minha arte para a minha criação. Estou alerta, estudando tudo. E me fascina, claro”, diz. Tadeu não teme a inteligência artificial, pelo contrário, confia que essa tecnologia pode nos auxiliar. “Depende de nós, ela vai fazer o que a gente pedir.”
“O maior perigo do nosso tempo são as fake news. E a inteligência artificial pode nos ajudar a detectá-las e combatê-las”, afirma. Agora, como a gente vai garantir que os seres humanos vão usar a inteligência artificial só para coisas boas? A resposta está em três palavras: “Educação, educação e educação”, diz Jungle.
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