A venda da EA para um grupo de investimentos vinculado ao governo da Arábia Saudita ainda deve gerar muitas mudanças no mercado de games. E uma delas pode ser a venda (ou mesmo o fechamento) de estúdios da empresa. E isso pode incluir alguns bem conhecidos, como a Bioware e a DICE.
Em conversa com a Polygon, diversos analistas apontaram que uma das vendas mais prováveis é a da Bioware. O estúdio conhecido por seus RPGs tem passado por maus bocados na última década: desde o lançamento de Dragon Age Inquisition em 2014, ele não emplaca um sucesso de vendas. Veilguard ficou muito abaixo das expectativas, e resultou em uma demissão em massa dos funcionários do estúdio.
Atualmente, uma equipe reduzida está trabalhando em uma sequência para Mass Effect, e os analistas acreditam que isto pode atrair compradores para o estúdio. Mas, se não for vendido, tudo indica que o futuro da Bioware não será dos melhores. Se a empresa não conseguir “comprar sua liberdade” (se tornar independente), é bem possível que seja fechada – e isso independente das vendas do próximo Mass Effect. Afinal, os novos investidores estão mais interessados na divisão de jogos de esportes da EA e nas suas microtransações altamente lucrativas, e não investir na criação de RPGs com um modelo de monetização mais tradicional.
Outra empresa que está na “corda bamba” é a DICE. De acordo com analistas, tudo vai depender do sucesso ou não de Battlefield 6. Se o jogo for um sucesso de vendas, o estúdio deverá continuar sob as asas da EA. Mas se ele não atender às expectativas de vendas, é possível que seja também colocado à venda.
Situação parecida acontece também com a Maxis. Atualmente, o estúdio está “a salvo” porque The Sims 4 é um dos games mais lucrativos da EA. Mas, como não é algo que os novos donos parecem interessados em investir, eles podem acabar vendendo a empresa se alguém aparecer com a proposta certa.
Vale lembrar que a compra da EA ainda não foi finalizada e necessita de aprovação do governo dos EUA para ser confirmada (algo que não deve acontecer antes abril de 2026). Mas, como um dos compradores é uma empresa que tem ligações com o genro do presidente Donald Trump, as chances da aquisição ser barrada pelo governo são baixas.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.