Conhecido por seu trabalho com a franquia Final Fantasy, o compositor Nobuo Uematsu é mais um grande nome da indústria a se posicionar contra o uso da IA generativa (GenAI) nos videogames.
Em uma entrevista para a JASMAC Magazine (traduzido pela Automaton), Uematsu confirmou que nunca usou nenhuma ferramenta de IA generativa para compor suas músicas, e que nunca irá utilizá-las. Ele afirma que uma das coisas mais interessantes quando se escuta uma música é pesquisar sobre o passado do compositor, e as músicas compostas por IA não possuem essa bagagem cultural.
Outro ponto que ele se mostrou crítico ao uso de IA na criação musical é a uniformidade de tudo. Ele aponta que toda música produzida por pessoas reais é “instável”, cheia de flutuações e imperfeições próprias de cada artista – e são essas imperfeições que tornam elas tão únicas.
A posição de Uematsu se mostra bastante contrária ao posicionamento da Square Enix sobre o uso de IA. Em janeiro do ano passado, o CEO da empresa afirmou que seria “bastante agressivo” no uso de IAs generativas e outras tecnologias “de ponta” no desenvolvimento dos jogos da empresa. E, de acordo com dados da associação japonesa que organiza a Tokyo Games Show, mais da metade dos estúdios japoneses já estão usando IAs generativas no desenvolvimento de seus jogos.
Apesar dos rumores sobre uma aposentadoria, Nobuo Uematsu negou que estaria abandonando o mercado de jogos, e confirmou que está trabalhando em um novo tema para a terceira parte do remake de Final Fantasy VII.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

