Além de ser o primeiro papa nascido nos EUA, Robert Prevost pode ter quebrado mais um “tabu” histórico para o cargo: ser também o primeiro papa “gamer”.
Na última quinta (8) o canal NBC5 Chicago entrevistou John Prevost, irmão do cardeal que foi escolhido como papa e assumiu o nome de Leão XIV. Na entrevista ele contou um pouco sobre como o irmão dele era na vida fora do sacerdócio, alguns hobbies que ele tinha, essas coisas. E esta entrevista nos mostrou uma coisa curiosa: a de que o novo papa é um “gamer”.
Segundo John, o irmão dele era um jogador assíduo de Wordle e Words With Friends – e inclusive jogou ambos logo antes de pegar o avião que iria levá-lo para o conclave.
Para quem não conhece, Wordle é um jogo de browser que atualmente pertence ao The New York Times, e consiste em tentar descobrir uma palavra secreta (que muda a cada dia) em um número específico de tentativas. Já Words With Friends é um app de jogos de palavras baseado em Scrabble, um clássico jogo de tabuleiro muito famoso nos EUA.
Claro, o papa não é o tipo de gamer que vai transmitir speedruns de Doom ou ficar na fila para garantir uma cópia adiantada de GTA VI, mas só o fato de termos a confirmação de que ele joga qualquer tipo de jogo eletrônico já é algo interessante. E aqui no Drops a gente não faz distinção: se você joga qualquer tipo de jogo eletrônico, você é um “gamer de verdade”.
Esta informação também significa que o novo papa está entre os 44% de homens Baby Boomers (pessoas nascidas entre 1946 e 1964) dos EUA que jogam videogames, e entre os 15% de pessoas com mais de 55 anos nascidas nos EUA que jogam Wordle.
E por que isso é importante? Na real, nem deve ser tanto assim. Mas é curioso termos alguma manchete envolvendo as palavras “papa” e “videogames” que não seja negativa. Até porque, sempre que um papa resolveu falar diretamente desta mídia, era para alertar as pessoas dos possíveis riscos que ela traz.
Em 2016, o Papa Francisco alertou os jovens sobre “passar o tempo todo num sofá que nos promete horas de conforto e escape no mundo dos videogames e passar a vida toda olhando para diferentes tipos de telas”. Já em 2007, o papa Benedito XVI foi mais direto em acusar os videogames de “exaltar a violência, trivializar a sexualidade humana e mostrar comportamentos anti-sociais em nome do entretenimento”.
O fato do novo papa jogar seus joguinhos significa que a posição da Igreja Católica vai mudar? Não necessariamente. Mas pelo menos é uma lembrança de como as coisas vão mudando a cada nova geração de dinossauros escolhidos para comandar uma instituição milenária que já dominou o mundo mas que se torna menos influente a cada dia.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.