5 comédias da Max pra quem cansou do drama em The Last of Us - Drops de Jogos

5 comédias da Max pra quem cansou do drama em The Last of Us

Às vezes a gente só quer dar risada da própria desgraça e fugir da bolha gamer

(Imagem: reprodução)

Não é novidade para ninguém que The Last of Us é o maior sucesso atual da HBO/Max – na real, talvez seja o maior sucesso do canal/streaming desde Game of Thrones. Mas como esperado, assim que a segunda temporada da série começou a adaptar os eventos do segundo jogo da franquia, o discurso na internet começou a ficar insuportável.

E está insuportável de todos os lados do fandom: desde a parte mais misógina (que antes reclamava da Abby ser muito musculosa e hoje reclama da atriz que interpreta ela ser muito magrinha) até a parte que ama o jogo e hoje reclama de como a série mudou muitas coisas que afastaram da “essência” da narrativa original. E o discurso está tão insuportável que nem eu que nem acho The Last of Us isso tudo e não assisto a série não tenho mais saco pra navegar nas redes sociais.

Mas se você não aguenta mais tanto drama em tela ou nas suas mentions, eu tenho uma boa notícia: você não precisa nem ir para outro streaming. A Max possui uma enorme quantidade de séries de comédia que, além de ótimas, quase ninguém que usa as redes sociais como um maníaco assiste. Então você não apenas pode escapar do drama de um arco de vingança pessoal em meio ao apocalipse, mas também do drama que é ver todo mundo apontando defeitos em algo que você assistiu e achou bom.

Se você quer um relacionamento único entre duas mulheres, assista Hacks

Eu sei que a parte preferida de muita gente nesta temporada de The Last of Us é o relacionamento entre Ellie e Dina. Mas se você quiser mesmo ver uma relacionamento único desabrochar entre duas mulheres muito diferentes e, ao mesmo tempo, muito similares, então você precisa assistir Hacks.

A série está atualmente em sua quarta temporada, e conta a história de duas comediantes: Deborah Vance (interpretada por Jean Smart) é uma lenda da comédia das décadas de 1970/80, mas que foi praticamente esquecida e faz mais sucesso vendendo produtos para donas de casas em programas matinais do que em shows de comédia; e Ava Daniels (Hannah Einbinder) uma roteirista de comédias atrás de uma chance para conseguir sobreviver da carreira que escolheu.

Ao mesmo tempo que Hacks é uma série sobre as dificuldades de manter uma carreira longeva no ramo do entretenimento, ela também é uma história sobre como duas mulheres de gerações tão diferentes no fim lutam pela mesma coisa: serem ouvidas e receber o reconhecimento que merecem. Hacks é daquelas raras séries de comédia que conseguem te fazer rir de uma piada muito idiota ao mesmo tempo que te faz chorar por uma realidade emocional que atravessa gerações, e é facimente uma das melhores obrar de todo o catálogo da Max.

Se você gosta de violência sem sentido, assista Barry

A morte de Joel é um dos momentos mais marcantes de The Last of Us II, e é usada para exemplificar o ciclo de violência sem sentido que o desejo de vingança pode causar na vida de alguém. Mas a violência sem sentido também pode ser um elemento cômico, e isso é um dos pontos principais de Barry.

A série da HBO/Max nos apresenta Barry (interpretado por Bill Hader), um ex-militar e assassino de aluguel que batalha contra a depressão e encontra na comédia de improvisação uma possível nova carreira. Barry é uma comédia cheia de piadas de “humor negro”, personagens que fogem de todos os estereótipos esperados e que oferece uma sátira não apenas às séries sobre máfias e assassinos de aluguel que derrotam exércitos sozinhos, mas ao próprio estilo de vida “artístico” que muita gente acha que irá encontrar em Hollywood.

Barry é, ao mesmo tempo, Os Produtores e John Wick, e é uma das comédias mais únicas que você irá assistir na sua vida.

Se você gosta de pessoas tocando violão enquanto suas vidas estão indo para o buraco, assista Flight of the Conchords

As cenas de Ellie tocando violão em The Last of Us são algumas das mais emocionantes de toda a série, porque mostram como a arte pode ser, ao mesmo tempo, um escape dos problemas atuais e uma forma de relembrar alguém querido. E poucas séries mostraram a arte como escape de forma tão mordaz quanto Flight of the Conchords.

A série leva o mesmo nome da dupla neozelandesa formada por Bret Mckenzie e Jemaine Clement, e foi a grande “porta de entrada” da dupla de comediantes em Hollywood. A série mostra a vida de dois músicos de nenhum sucesso, que se mudam para Nova York na esperança de alcançarem a fama (e falham de uma forma diferente a cada episódio).

Assim como Ellie usa um violão velho para superar traumas, Bret e Jemaine usam o violão para contar a maior parte de suas piadas. De certa forma, Flight of the Conchords é uma série que responde a pergunta “e se The Office fosse um musical?”.

E apesar da série satirizar a carreira musical fracassada da dupla, na vida real eles alcançaram grande sucesso: Bret é um dos produtores musicais mais procurados por Hollywood, tenho ganho um Oscar de Melhor Música Original em 2011 e foi um dos responsáveis pelo sucesso do filme Minecraft este ano. Já Jemaine se tornou não apenas um músico, mas também um ator, roteirista e produtor bastante reconhecido, sendo um dos criadores do filme e da série O Que Nós Fazemos Nas Sombras.

Se você quer o mesmo sentimento de não saber o que vai acontecer com Jackson, assista The Eric Andre Show

Muita gente apontou o ataque à Jackson no segundo episódio desta temporada de The Last of Us como um dos pontos altos justamente pelo caos que aquilo causou.Quem jogou o game sabia o que esperar de Joel – já Jackson pegou todo mundo de surpresa.

Se você gosta de mergulhar no completo caos e não fazer ideia do que vai acontecer a cada cena, deixa eu te apresentar The Eric Andre Show. Esta série segue o padrão dos programas do tipo Late Night (aqueles de entrevista que, no Brasil, foi popularizado pelo Jô Soares e hoje tem como principal exemplo o programa do Danilo Gentili), mas que foge de todas as convenções do formato.

E tudo por causa de Eric Andre, o apresentador que é um verdadeiro furacão de ignorar consequências. Roteiros aqui são inúteis – nem mesmo a produção do programa sabe o que ele vai aprontar a cada segundo. E assistir The Eric Andre Show é igualzinho como o ataque em Jackson (se os zumbis estivessem tentando invadir a cidade montados em patinetes enquanto tocam a Marcha das Valquírias na versão funk em uma caixinha JBL acoplada no capacete).

Se você apenas queria ver um homem branco na crise de meia idade se dando bem, assista Crashing

Olha, eu entendo as viúvas do Joel. Quando ele finalmente parece que está colocando a vida nos eixos, PIMBA! Fim da história. Mas se tudo o que você queria era pelo menos uma vez na vida ver um homem branco conseguir sobreviver à crise da meia-idade e mudar a vida para melhor, dê uma olhada em Crashing.

Criada por Pete Holmes, a série conta a história de um cara com mais de 30 anos que resolve abandonar tudo depois que descobre que a esposa o estava traindo e se dedicar a uma fantasia que sempre teve: se tornar um comediante stand-up.

Eu sei que esse é um sonho que muitos homens que já passaram dos 30 (eu, inclusive) tem ou já tiveram: largar tudo e virar comediante. Não é uma vida nem uma decisão fácil, e Crashing funciona como o conto de fadas para homens héteros dormirem sonhando com algo que nunca vão ter coragem de fazer porque, no fundo, sabem que nunca daria certo.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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