Now and Then dos Beatles. Foto: Divulgação
Música vencedora do Grammy 2025 como “Melhor Performance de Rock”, a canção “Now and then”, escrita por John Lennon para os Beatles em 1977, teve a gravação original danificada, mas foi restaurada com ajuda da Inteligência Artificial. Graças à IA, recuperou-se o áudio do registro original e se aprimoraram trechos da guitarra de George Harrison.
Guilherme Arantes afirma que já lhe bastam os ritmos e sons dos recursos modernos da eletrônica. “Prefiro sempre compor tocando piano e procurando as soluções dentro de mim. O prazer de fazer é o maior território de garantia da arte. Sem o prazer de dizer legitimamente ‘esta ideia saiu de mim’, qualquer produto fica 100% fora de comparação. Então, passa a ser uma bobagem”, comenta.
Flávio Venturini diz que nunca comporá com ajuda de inteligência artificial. “Baixei um ou outro aplicativo para saber um pouco mais do assunto. Uso um aplicativo de IA que pega a música e separa os instrumentos. Fiz isso para algumas canções em meus shows. Por exemplo, pegar o vocal de uma e colocar para dobrar e enriquecer o show. Já na parte rítmica, uma percussão, algo assim. Posso dizer que isso foi é a única coisa de IA que me foi útil na prática”.
Samuel Rosa não usa inteligência artificial, mas acredita que tudo deve ser visto com parcimônia. “Na música, a IA é mero facilitador. Não tenho grandes expectativas de ver uma coisa maravilhosa, até porque ela meramente repete, não cria. Ela faz uma coisa com insumos que não são provenientes dela – neste caso, eles vêm dos músicos”.
Kiko Zambianki acha ridículo premiar canções da IA. “Para esse tipo de música, deveria ser obrigatória a identificação de fácil acesso para todos, além de algum dispositivo que denunciasse o uso de IA. Não deveria existir prêmio que compare composições feitas por humanos e por IA, pois ela se utiliza do talento dos artistas para funcionar, é cópia descarada em alguns casos. Isso só serve para a diminuição de nossa capacidade e o aumento da preguiça mental, que já é grande”.
Antônio Júlio fez dois testes com IA. “No primeiro, falei o tema que queria para a letra e dei referências de alguns artistas, porém o resultado não me agradou. No segundo, peguei uma letra minha e do Beto Nastácia, dei liberdade para a IA criar a música e a melodia. Até achei engraçado, mas Beto achou horrível. Porém, vejo que a ferramenta pode mudar coisa, como aconteceu como o protools (software para produção musical) e a guitarra elétrica lá nos primórdios”.
Affonsinho confessa que não tem dado atenção à IA. “Quero continuar fazendo a música que gosto e seguir tentando aproveitar a vida. Essas coisas são poderosas e dominam mesmo. Elas têm um lado bom e outro ruim, porque o ser humano é assim, né? Acabei de lançar um single com a participação de Fernanda Takai, chamado ‘O que tem pra saber?’, no qual a letra fala sobre essa coisa do homem de querer conhecer a Lua, Marte, Disney, Europa… Mas não conhece nem um pedacinho do coração da pessoa que está dormindo a seu lado e o coração dos filhos”.
Com informações do Estado de Minas.
Now and Then dos Beatles. Foto: Divulgação
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O problema da maioria dos comentários desses "artistas" é que eles simplesmente não entenderam o que foi feito nessa música dos Beatles. A inteligência artificial não foi usada para compor a música, apenas para recuperar e melhorar gravações antigas de Lennon e Harrison. A composição inicial foi feita por Lennon, em 77 (como a matéria diz), e os detalhes de finalização, harmonização vocal, baixo e bateria foram feitos por McCartney e Starr. Vale dizer também que só o vocal de Lennon foi recuperado dessa forma, sendo que a gravação do piano teve de ser refeita por McCartney. Acho que as pessoas estão desesperadas demais com essa história de i.a., e acabam pecando pela ignorância. A i.a. não é um grande vilão que vai tirar o emprego de todos, ela é apenas uma ferramenta que, assim como qualquer outra ferramenta, vai beneficiar todos aqueles que souberem usá-la.
A imbecilidade e mediocridade não têm limites.
Bahhhhh. Que bobagem esses artistas estão falando.