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Agricola é o jogo de tabuleiro da “mais premiada família fazendeira”. Por Yasmin Amaral, blogueira

A ideia é de Uwe Rosenberg, designer famoso pelo jogo de cartas (cardgame) Bohnanza de 1997 e também pelo jogo de tabuleiro Caverna de 2013. 

O jogo começa com apenas dois membros (agricultor e cônjuge) da família, fazendo escolhas alternadas com outros jogares que estejam na mesa. As escolhas das primeiras rodadas são basicamente de coleta dos recursos para construção de cercas, estábulos e quartos adicionais em sua casa. A carta que contém a opção de expandir a família só aparece a partir da quinta rodada e assim como na vida real, quanto mais membros, mais espaços na casa e mais comida são necessários.

A cada rodada é aberto um número menor de cartas, o que torna o turno menor e muitas vezes insuficiente para cumprir com a alimentação de todos os membros, sendo assim a carta de mendigo ou mendicância é adicionada ao seu deck, fazendo com que perca alguns pontos na contagem final. 

É interessante ver como a tática escolhida desde o começo do jogo afeta as escolhas para que não faltem recursos para a família e para que cada vez mais os espaços na fazenda sejam preenchidos com ovelhas, porcos e bois, além de plantações de trigo e vegetais. É um jogo bastante divertido para quem é competitivo, para quem gosta de organização de recursos, economia, estratégia e agricultura.

Para os jogares mais habituados com a mecânica do jogo existe a possibilidade de aumentar o nível de complexidade, principalmente através do uso de cartas diferenciadas e o regulamento encoraja os jogadores a participar da experiência com os diversos decks e misturas dos mesmos.

A maioria dos componentes como vegetais, trigo, recursos, barras, estábulos e animais (animeeples) são feitos de madeira. As cartas e o próprio tabuleiro são de altíssima qualidade e a arte também é excelente, o que justifica o preço médio do jogo.

É um jogo motivante pelo leque de possibilidades que está contido nele. Não existe hierarquia entre os membros da família. O jogo reflete simplesmente o trabalho dos membros para sua própria sustentação e crescimento. A diversão é garantida, em dois jogadores o tempo de jogo diminui bastante, pode ser indicado para se jogar em família, porém não é tão simples quanto um “Jogo da Vida”, mas garante o exercício de várias habilidades. Não existe qualquer tipo de violência para os jogadores preocupados com o estresse, porém vale ressaltar que exige concentração.

Ficha técnica
Jogadores: 1 – 5
Tempo: duas horas
Categoria: Agricultura e Economia
Criador: Uwe Rosenberg
Lançamento: 2007
Preço médio: R$ 300

Yasmin Amaral é autora do blog Metal On Metal e colunista no site Imprensa do Rock. Natural de São Paulo, atualmente estuda Análise de Sistemas e é apaixonada por música e games, principalmente os de tabuleiro.

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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