1. Estabelecer parcerias com o Games For Change (G4C) e o Portal da Juventude da Prefeitura de São Paulo
Encabeçado pelo professor Gilson Schwartz (USP), representante da organização G4C de Nova York, o Portal da Juventude da Prefeitura tem como objetivo divulgar políticas públicas. Fontes consultadas pelo DJ confirmam que a entidade está tentando empreender iniciativas de gamificação na cidade e até na periferia paulistana. Assim como fez no caso das músicas de periferia, o MinC teria a ganhar promovendo e dando fundos ao Games For Change. Perdemos uma fonte de financiamento neste aspecto.
2. Parcerias com o Ministério das Comunicações e da Ciência & Tecnologia
Caso o MinC ainda existisse, ele poderia estimular concursos como o Inovapps e evitar problemas em seu financiamento. Games brasileiros também poderiam ser encarados como verba de pesquisa, um assunto comum entre os grupos de trabalho no Ministério de Ciência & Tecnologia.
3. O MinC poderia ter aberto uma frente com o Ministério da Fazenda para redução de impostos aos games
Em entrevista ao site Geração Gamer, o ex-ministro Juca Ferreira disse que precisava de apoio da Fazenda para diminuir a tributação dos jogos eletrônicos. "Quem define a tributação é a área econômica do governo e eles têm alergia a qualquer mudança para menos. Eles adoram mudanças para mais tarifas. Neste momento, redução de impostos dos games não pode ser prioridade para o Brasil em crise econômica. O que eu devo acenar para eles é mostrar que videogames são uma economia possível para o país", afirmou.
4. O Ministério poderia ter estimulado eventos como o SPIN, em São Paulo, e demais feiras do setor
Do ponto de vista de financiamento, o MinC poderia ter tentado se ligar diretamente ao SPIN em São Paulo, evento mensal que acontece na cidade que organiza a maioria das empresas de games do Brasil. Atualmente encabeçado por Ariel Velloso da SPCine, sucessor de Andre Asai, o encontro possui um viés cultural que poderia ser aproveitado como política pública.
5. MinC poderia ter conectado as diferentes associações e entidades com a Brazilian Game Developers (BGD), da ABRAGAMES
Encabeçado pela ABRAGAMES com financiamento do BNDES e de outras entidades, o BGD leva games brasileiros para fora do Brasil. O projeto já se enquadra como Lei de Incentivo à Cultura, com chancela do antigo MinC. A iniciativa poderia integrar outras associações, como a ACIGAMES, que representa o varejo, e entidades regionais como ADJogosRS.
6. Era imperiativo manter os editais para desenvolvimento de jogos
Encarado como um acerto por diferentes desenvolvedores, os editais eram um estímulo para a criação de games. Com o fim doi MinC, as iniciativas correm o risco de morrerem na praia.
7. MinC deveria conhecer melhor o setor nacional
Em conversa com o repórter que vos fala, Juca Ferreira disse que se inspirou no mercado chinês para desenvolver o audiovisual e os games no Brasil. O ministro, enquanto esteve em atividade, deveria ter feito um reconhecimento maior do nosso próprio território. O governo federal só mapeou o mercado brasileiro na GEDIGames, levantamento feito pela USP com o BNDES.
8. Poderia ter se aproximado de congressistas que pretende transformar e-sports numa política de incentivo.
O Projeto de Lei 3450/2015 adiciona o inciso V ao artigo 3º da Lei 9.615/1998 que "institui normas gerais sobre desporto" para reconhecer o desporto virtual como prática esportiva. Resumidamente, a PL transforma e-sports como League of Legends, Dota 2 e outros games em uma categoria de esportes nacional. O projeto é encabeçado pelo deputado do PSB de Alagoas, João Henrique Caldas (JHC), e tem apoio do presidente da Associação Comercial, Industrial e Cultural dos jogos eletrônicos do Brasil (ACIGAMES), Moacyr Alves Jr, também diretor comercial do Drops de Jogos. O MinC não se aproximou da matéria.
9. O Ministério poderia ter estimulado mais a formação de museus de games
Juca Ferreira fez uma defesa pessoal das reformas dos museus no Brasil, incluindo o do Ipiranga que está fechado devido a problemas com o governo Geraldo Alckmin em São Paulo. O ministro, no entanto, não falou na criação de acervos de games digitais no país, para estímulo cultural dentro da cidade.
10. MinC deveria divulgar melhor os jogos no Brasil
O Ministério tinha um Grupo de Trabalho focado em games. A comunicação da pasta divulgou vagamente a iniciativa, mas não explorou suas conclusões. A imprensa mal cobriu as medidas, o que passa a impressão de que nada de substancial foi feito.
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