Numa entrevista com Rick Beato (via Ultimate Guitar), David Gilmour do Pink Floyd reconheceu que a dificuldade em acelerar seu estilo de tocar guitarra. “Eu não tive o dom de uma velocidade enorme na guitarra… Na juventude cheguei a pensar que conseguiria isso se praticasse o suficiente, mas nunca iria realmente acontecer”.
“Algumas das influências em mim, como The Shadows, apenas tocavam músicas do seu jeito. Acho que venho daí: estou apenas tocando uma música. Mas, obviamente, quando você está com 150 dBs e encostado naquela parede de som no palco, elas mudam um pouco”.
Da mesma forma, Gilmour entende que o uso de bending e vibrato foi uma situação natural, desenvolvida visando complementar seu estilo de tocar.
“Há momentos em que você chega bem aqui em algum lugar [no braço da guitarra], e você tem uma nota, e [eu] sou bastante exigente com vibrato muito ansioso da guitarra, e às vezes eu só acho que uma coisinha [um pouco de vibrato] só dá um pouco de tom. E eu hesito em usar a palavra refinamento”.
Refletindo sobre seus solos icônicos, David reconhece, com ironia, que eles podem às vezes ficar um pouco longos demais. “Estou falando demais. Hora de parar. Eu só toco até pensar, ‘Oh, talvez a gente termine agora.’ Muitos deles têm uma deixa musical. Há uma em ‘Comfortably Numb’, quando a banda sabe que vai ser o final”.
Recentemente, David Gilmour finalizou os shows que havia agendado visando divulgar seu álbum solo “Luck and Strange”. Por enquanto não há previsão de novas datas. O músico optou por realizar várias apresentações em poucas cidades, para preservar sua saúde aos 78 anos.
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