Numa recente entrevista para Los Angeles Times David Gilmour abordou esse assunto da banda de rock progressivo: “Não [fico preocupado com a forma como a música vai ser usada]. [O que fizemos como o Pink Floyd] é história, está tudo no passado. Isso foi pelas futuras gerações”.
“Sou um idoso, passei os últimos 40 e tantos anos tentando lutar limpo contra as forças da preguiça e da ganância [na indústria musical] para fazer o melhor uso possível do nosso material. Só que agora eu desisti dessa luta”.
“Recebi meu adiantamento […] que é um adiantamento do que eu ganharia nos próximos anos de qualquer jeito [então não foi por dinheiro]. Foi pelas discussões, as brigas e as idiotices que aconteceram nos últimos 40 anos entre aquelas quatro equipes de representantes legais diferentes e seus próprios empresários: a isso foi uma maravilha dar adeus. Além disso, eu não vendi os direitos de publicação — o que é totalmente outra história”.
Em síntese, David Gilmour vendeu a propriedade intelectual das músicas do Pink Floyd e o controle sobre o uso delas em filmes, comerciais e etc; mas ele não os direitos de publicação, e ainda recebe royalties por elas. Ou seja, foi a forma que ele encontrou de se livrar da parte ruim e ficar só com a parte boa.
“É preciso ter um acordo quanto ao licenciamento de uso e essas coisas. [A Sony] comprou os álbuns e as gravações [do Pink Floyd] e pode fazer o que quiser com elas. Se tocar em um comercial eu não dou a mínima”.
Com informações da Whiplash.net.
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