A Game Jam+, maratona de jogos digitais que encerrou sua programação 2018 no último dia 03 de novembro, acaba de ser contemplada com uma verba de fomento de R$ 150 mil, por meio de um edital do Ministério da Cultura.
A informação é bem vinda e oportuna para a realização da próxima edição do festival, e apresenta uma história curiosa e inusitada, contada por Ian Freita Roclin, CEO da empresa Gamer Trials e um dos incansáveis batalhadores para a realização do evento.
"Eu fui cadastrar um documentário na Biblioteca Nacional e lá o MinC tinha um regional… Eu bati na porta como quem não quer nada e os caras me receberam, pediram para eu mandar um email e marcarmos uma reunião", comentou Ian, em bate papo com o Drops de Jogos.
"Mandei [o email], achando que não ia dar em nada; rolou a reunião e eles me indicaram o edital. Foi assim, passando na porta", explicou, divertindo-se com a lembrança.
"A gente tentou uma primeira vez e fomos recusados porque eles entenderam que a gente não era de 'mercado', algo que eu discordo bastante", comentou. Cerca de um mês após a negativa, no entanto, o MinC abriu outro edital voltado especificamente para festivais e jogos.
"A gente se cadastrou no edital 11, na categoria F, se não me engano, mas o projeto foi indeferido, porque nos deram uma nota zero no quesito 'Fomento ao Mercado'", continuou o empreendedor, que não se deu por vencido.
"Aí, a gente entrou com um recurso, juntando todas as cartas de apoio que a gente tinha: BNDES, Secretaria da Cultura do Rio de Janeiro, Abragames, Sebrae-RJ e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, do Rio de Janeiro, e fomos descatando os trechos em que esses orgãos enfatizavam que a gente fazia, sim, parte desse ecosistema. Aí, deram uma nota 2 pra gente".
A partir daí, com a pontuação necessária para tornar o projeto viável ao programa de fomento, a proposta recebeu o parecer favorável da banca avaliadora e, na sexta, dia 02 de novembro, o festival aparecia como contemplado com o investimento público no Diário Oficial da União.
Ian informou que o dinheiro será integralmente utilizado no custeio da próxima etapa da maratona de desenvolvimento e no auxílio aos criadores de jogos participantes do evento.
As formas de contribuição vão da aquisição de passagens aéreas para um integrante de cada equipe vencedora dos regionais desse ano, para participarem do BIG Festival 2019, à criação de um "fundo de fomento" para desenvolvedores, e aporte para marketing digital, relações públicas e estrutura organizacional da Game Jam+, entre outros custos.
"Também vamos bancar as passagens aéreas e hospedagem da equipe vencedora na categoria de jogos de impacto social para conhecerem o centro de desenvolvimento de jogos da Samsung, em Manaus", finalizou o CEO da Gamer Trials.
O histórico é importante para orientar outras iniciativas nacionais de ação social e educativa envolvendo o crescente mercado da produção de jogos digitais no país. Que venham novas propostas.
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