Uma das canções mais leves dos Beatles, escrita por Paul McCartney, esconde, muito bem, uma forte mensagem social e, por que não, política.
John Lennon sempre foi visto como o beatle mais preocupado com as causas sociais, e vimos isso principalmente na sua carreira a solo a seguir aos Beatles terminarem.
Provavelmente, o apogeu deste papel de John Lennon nas causas sociais enquanto artista deu-se com a canção “Imagine”, que se tornou um hino apologético de paz, com uma letra que é invocada por políticos, ativistas e outros artistas, com muita frequência.
Paul McCartney, por sua vez, não criou uma imagem tão ativista. Este beatle que, a par com Lennon, foi dos que mais escreveu para a banda (e escreveu muito também depois dos anos 60, na sua carreira a solo), ficou mais conhecido por ser o “romântico”. O seu repertório musical está carregado de baladas lindíssimas e letras que tocam mais o cotidiano, o dia-a-dia de cada um: a tristeza amorosa, a amizade, entre outras coisas.
Paul McCartney admitiu, em 2002, numa entrevista que deu à rádio KCRW, que escreveu a famosa canção “Blackbird” como uma alusão metafórica à batalha pelos direitos civis que as pessoas de raça negra travavam naquela altura.
Paul deixou isto bem claro quando afirmou: “Estava na Escócia a tocar na minha guitarra e lembrei-me que toda esta ideia de ‘só estavas à espera que este momento surgisse”’; era sobre a luta dos negros nos estados do sul e estava a usar o simbolismo de um melro. Não é bem sobre um melro cujas asas estão partidas, é um pouco mais simbólico”.
Mais tarde, em 2018, McCartney deixou claro que o “Blackbird” (o pássaro preto) era mesmo sobre a mulher negra: “Na Inglaterra, pássaro é uma mulher; então, estava a pensar ‘mulher negra’ (…) usa essas asas partidas”.
Com informações do MHD, de Portugal.
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