EXCLUSIVO: Embora negue proximidade, diretora de associação dos fantasy games esteve no maior evento de apostas da AL

Por Pedro Zambarda, editor-chefe.

Em julho de 2023, o Drops de Jogos entrou em contato com a Associação Brasileira de Fantasy Sports (ABFS) com a seguinte pergunta: “A sua atuação não tem nenhuma relação com os fantasy games eventualmente serem categorizados como jogos de azar ou bet?”. Em resposta, a entidade afirma que os fantasy estão fora da Lei 13.756/18, de jogos de azar. Um mês antes, porém, a ABFS esteve presente no maior evento de apostas da região chamado BiS SiGMA Americas.

Brazilian igaming Summit, BiS SiGMA Americas, define-se da seguinte forma: “é o mais importante evento do setor de iGaming, Bettech e apostas esportivas do Brasil e América Latina”. Evento teve 250 expositores, 130 palestrantes e 55 horas de conteúdos.

ABFS nega ligação com o ramo das apostas ou com o segmento de bets, mas esteve em palestra neste evento.  No dia 16 de junho, Bárbara Teles, advogada da empresa Rei do Pitaco, esteve na palestra “Fantasy Gaming e E-Sports (novas oportunidades de negócios)”. Bárbara não é só dessa empresa – ela também é diretora de relações governamentais Associação Brasileira de Fantasy Sport.

Para defender o PL 2796, o Marco Legal dos Games de Kim Kataguiri, Bárbara Teles publicou um texto de 2300 palavras repletos de amenidades para tentar afastar a ABFS das apostas. O evento reaproxima a entidade dos bets.

O Drops de Jogos está em contato com diferentes fontes em Brasília que trazem outras novidadades sobre a Associação Brasileira de Fantasy Sports.

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Insatisfação

Não é só a ABRAGAMES, as associações regionais e 350 empresas desenvolvedoras de games (signatárias de um abaixo-assinado) que não estão gostando do lobby dos fantasy games, que não são nem fantasy e nem game.

As empresas de apostas reais também estão insatisfeitas com a ABFS, que busca evitar novos impostos.

Representantes das empresas de bets têm procurado os senadores para dizer que é um “absurdo” duas empresas terem benefícios por se disfarçarem de jogos e todo resto ser enquadrado como aposta.

As empresas beneficiadas seriam Cartola FC e Rei do Pitaco, as duas da própria ABFS, que representam esse setor que tenta ocupar o espaço dos desenvolvedores de jogos.

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