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“Fiz terapia com trabalhos manuais e lancei bonecos de crochê de Pokémon”, diz dona do Nelisart

amigurumi é uma técnica antiga japonesa que ficou famosa na Ásia recentemente a partir dos anos 80. Em 2003, os bonequinhos passaram a ser mais comercializados no ocidente, numa faixa de preço entre US$ 10 e US$ 100. Quem estiver interessado em comprar os bonecos de crochê da Ana Elisa, deve deixar uma mensagem para a dona da fanpage diretamente no Facebook.

Formada em uma área totalmente diferente do artesanato, Ana deu uma entrevista ao Drops de Jogos explicando sua trajetória. Confira a conversa abaixo.

Ana Elisa, me conte um pouco sobre você. Qual faculdade você fez? Por que decidiu tocar o Nelisart? 

Bem, eu fiz Letras mas no meio do curso percebi que não era isso que eu queria pra mim. Pensei então em fazer ou Design, já que eu gostava de desenhar, e até cheguei a fazer vários freelas de ilustração no setor. Depois de me formar, voltei pra minha cidade Casa Branca, no interior de São Paulo. Fiquei na casa dos meus pais pra me tratar da depressão e busquei formas de terapia por meio de trabalhos manuais, primeiro no bordado e depois me encontrei na técnica de amigurumi em crochê.

Pedi pra minha mãe me ensinar a fazer crochê porque tricô eu já tinha aprendido na infância. Nunca tive muita paciência pro crochê e só fui aprender mesmo em dezembro do ano passado. Em janeiro de 2016 eu fiz a página quando me senti mais segura com meus trabalhos. Por causa disso, as encomendas começaram a chegar e eu passei a levar o trabalho mais a sério.

Por que você decidiu fazer bonecos de lã e tecido de Pokémon?

Eu sempre gostei de Pokémon. E quando descobri que conseguia confeccionar os amigurumis com Pokémon, me apaixonei. Um dos que fiz lá no começo era um Charmander, mas achei ruim e desisti. No mês passado fiz outro do monstrinho de fogo e ficou bom.

Como funciona a sua rotina neste negócio?

Eu costumo trabalhar em uma peça de cada vez, agora que eu consegui arrumar meu ateliê no meu antigo quarto. Naquele espaço que ocupava quando eu era criança é onde o trabalho tem sido bem melhor.

Você tem inspirações pra tua arte?

Encontro muita inspiração no Pinterest e também no Instagram. Faço parte de um grupo chamado Amigurumi Brasil com artistas excelentes onde eu aprendi muito para fazer meu trabalho.

Como é a procura dos clientes?

Os clientes geralmente vêm à minha página por indicação. Eu tenho cerca de uma encomenda por semana e às vezes mais. Há semanas mais complicadas e, como eu trabalho sozinha, chego a pensar que não dou conta. Mas, com a paciência dos clientes, eu consigo entregar o que prometo.

Há crochês que você faz por vontade própria e criam demanda?

Os cactos fizeram bastante sucesso, por exemplo. Mas cada um é diferente do outro e têm até suas próprias personalidades.

Como você imagina a expansão do seu próprio negócio?

Eu gostaria de conseguir me sustentar com o meu trabalho, o que ainda é um sonho distante. Mas quem sabe um dia? Muita gente me diz pra eu arrumar um emprego de verdade e fazer crochê como hobby. Só que elas não entendem que isso é o que me faz feliz.

Você trabalha como ilustradora também? Lembra de alguns trabalhos?

Eu já trabalhei com ilustração e design. Gostei de ilustrar alguns livros e esses são os que eu mais gosto de trabalhar.

Está jogando Pokémon GO? Joga a franquia Pokémon desde quando?

Não consegui baixar Pokémon Go no meu celular, mas a minha avó quis baixar e me deixou jogar no celular dela, gostei bastante é bem divertido e, pra quem cresceu com Pokémon, emocionante. A primeira vez que eu vi um jogo de Pokémon foi ainda nos anos 90 quando a minha irmã pediu pra uns alunos mais velhos dos meus pais gravarem Pokémon Red em vários disquetes pra ela jogar no computador.

Naquela época eu era muito criança pra jogar. Só fui jogar mesmo neste ano o Pokémon FireRed.

Pra fechar: Qual seu Pokémon favorito?

Quando criança me chamavam de Pikachu. Inclusive esse era o apelido que a minha mãe me deu na infância. Ela me chama de Pikachu até hoje. Depois eu comecei a gostar do Charmander. Ao jogar Pokémon FireRed, me apaixonei pelo Bulbassaur.

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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