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Hashtag SerMulherEmGames mostra que ainda há muito preconceito a vencer no meio

Que o ambiente profissional de tecnologia é machista, não restam dúvidas, mas é no universo dos games que as mulheres parecem encontrar as maiores dificuldades para propor ideias e demonstrar, em pé de igualdade, suas qualificações.

É o que mostram iniciativas como o Women Up Games, voltada à inclusão de mulheres no mundo dos jogos digitais, e a hashtag #SerMulherEmGames, que já circula nas redes sociais desde 2016.

"A gente está passando por várias barreiras, impedindo que a gente faça workshops em eventos gigantes", relatou Ariane Nathaly Parra Dionisio, idealizadora do Woman Up Games, em vídeo postado no Facebook, no final de dezembro passado.

"A gente recebeu uma resposta negativa de um evento grande [dizendo] 'vocês estão fazendo uma coisa para o público feminino e estão segmentando', desabafou, destacando o esmagador contingente masculino na realização de atividades nestes eventos.

"O que a gente faz é justamente para as mulheres se sentirem um pouco mais acolhidas", explicou Nathaly na gravação.

"#SerMulherEmGames é usar nick neutro ou masculino para evitar toneladas de pedidos de amizades e pedidos de telefone", escreveu a programadora @Vik_Walker, no Twitter. A rede de microblogs é o espaço com maior número de manifestações com a hashtag na internet, que nem de longe espelham a dimensão desse problema.

"#SerMulherEmGames é, em cada partida de CS:GO competitivo, mandarem eu lavar a louça e limpar a casa", expressou a desenvolvedora de games ‏@AmiHoppus182, em setembro de 2016.

"É ler macho babaca mandando teu marido te educar pq tu se posicionou a favor de pjs LGBTT+ em games", criticou @CamilaGamino, no microblog. "É perceber que não tem nada de errado contigo, e que você não é obrigatoriamente menos feminina por gostar de jogos", explicou @metalgeisha, na sequência. "É  ouvir 'vou pegar leve' em todos os jogos de luta", escreveu @cybellerosa11.

Considerando o discutível comportamento da sociedade, que parece insistir em manter-se patriarcal, subjugando a capacidade feminina para muitos trabalhos "de homem", o tema é oportuno e precisa ser discutido, visando minimizar a misoginia.

A falta de diálogo sobre o assunto fica visível quando uma pesquisa na rede apresenta ínfimos 16 resultados listados com a hashtag #SerMulherEmGames.

Há muito o que fazer a respeito, portanto. Para começar bem 2017, reveja seus preconceitos na rede e apoie as mulheres nos games.

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Kao Tokio

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