Divulgando a biografia “Brothers”, Alex Van Halen concedeu entrevista ao podcast “All There Is With Anderson Cooper”, da CNN. Na conversa, o baterista revelou alguns detalhes do desfecho da vida de seu irmão, o músico Eddie Van Halen, que se foi em outubro de 2020.
Músico começou falando sobre como se sente em relação à perda. E reconheceu ainda estar passando pelo processo de luto. Ele declarou, conforme repercussão do Blabbermouth.
“Ainda sofro o tempo todo. Não estou fugindo disso, porque não resolve o problema. Às vezes pode ser esmagador. E quanto mais eu me detenho nisso, mais complicado fica. Quando estou sozinho, coloco uma música e o ouço tocar, eu desmorono incontrolavelmente. Mas sabendo o que sei sobre o corpo humano, você simplesmente deixa acontecer. Caso contrário, vai acontecer na fila do supermercado. E isso não pareceria tão bom”.
Apesar do avanço da doença, Alex admite que foi pego de surpresa pela morte do irmão. “Nenhum de nós realmente pensou que ele fosse morrer. Ele sempre se recuperou. Tinha o DNA mais incrível que já vi em alguém”.
“Podia usar mais e mais drogas do que qualquer um, acordar no dia seguinte e se apresentar. Acho que ninguém realmente pensou que ele fosse morrer. Então, quando faleceu, foi realmente um choque”.
Questionado se o próprio Eddie tinha noção de que o fim estava próximo, Van Halen entende que não. “Eu não acho que ele sabia. Sendo humano, você acha que vai continuar mais um dia. Apenas segue em frente”.
“Mas então, um dia você não quer mais. Então, até o final, nós ainda estávamos fazendo música conversávamos sobre o que faríamos no ano seguinte. Mas era claro que ele estava indo ladeira abaixo”.
Além da deterioração causada pela doença, a situação se agravou com a chegada da pandemia de Covid-19. “Foi difícil porque seu sistema imunológico estava baixo, então a última coisa que ele precisava era ser infectado por qualquer coisa. Então sempre havia uma distância entre nós em sua casa. Tínhamos que observá-lo de fora, na entrada da garagem, da janela.”
Quando Cooper notou que Alex não podia se sentar ao lado da cama de Eddie ou abraçá-lo, o baterista disse: “Não, não, não. A última vez que fizemos isso foi quando o levei para a Suíça para fazer um tratamento com alguns médicos inacreditáveis”.
“Mas ele sentia muita dor na maior parte do tempo. A maioria das pessoas não tem ideia de que tipo de dor ele sentia — física, emocional, mental, o que você quiser. Então ele começou a perder a função das extremidades. Tudo se agravou e a cada dia era alguma coisa, alguma outra parte que não estava mais funcionando”.
Alex confirmou que Eddie lutou contra um tumor cerebral e um câncer de pulmão em estágio quatro antes de falecer. “Sim. Eles fizeram algo chamado operação Gamma Knife, onde cortaram o câncer, o que foi bem-sucedido. Mas o processo causou um inchaço em seu cérebro. Então, eles o colocaram em esteroides. E típico… [Risos]”.
“Só estou rindo disso porque, mesmo em uma situação de vida ou morte, a decisão foi: ‘Bem, dois é bom. Vinte deve ser melhor.’ Então ele tomou punhados de esteroides e isso o tornou o Superman temporariamente. Mas o levamos para a Suíça para tirá-lo daquela coisa”.
Refletindo sobre os últimos dias do irmão, Alex disse: “Ed teve um derrame grave. Estávamos no quarto com ele quando realmente deu seu último suspiro. Nós apenas ficamos sentados lá. Cada um estava em seu próprio espaço mental. Tudo o que sei é que quando ele parou de respirar, não ouvi nem vi mais nada”.
“Não soaram sinos, não apareceram anjos. Tudo parou e ficou vazio. E então desligaram os aparelhos. E foi isso. E por causa da Covid, das restrições e regras, imediatamente levaram o corpo. Não o vimos mais. Foi um final muito tranquilo para uma vida agitada. Mas você sabe de uma coisa? Ele lutou até o fim. Quero pensar na vida de Ed lembrando que ele nunca desistiu”.
A entrevista é concluída com uma reflexão de Alex sobre o que Eddie poderia ter feito de diferente. E a lamentação de que não tenha conseguido ficar ao menos mais um tempo neste mundo.
“Nós viajamos pelo tempo ou viajamos pela existência, se preferir. Você vem e depois vai. Faz parte da ordem natural das coisas. Acho que o problema real, pelo menos do meu ponto de vista perceptivo, é que quando acontece fora do que é a norma, que é uma vida completa de 75 ou 80 anos, não faz sentido.
“Estou com raiva dele? Sim, houve momentos em que eu gritava. ‘Ed, o que diabos há de errado com você? O que você está fazendo? Ed, se você parar de usar todas essas drogas malditas… Você não pode fazer isso com seu corpo e esperar viver uma vida plena'”.
Com informações da Whiplash.net.
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