Meu 2º dia na maior feira global de games. Por Mayara Fortin, correspondente do Drops de Jogos na E3 - Drops de Jogos

Meu 2º dia na maior feira global de games. Por Mayara Fortin, correspondente do Drops de Jogos na E3

Finalmente matamos as nossas curiosidades na maior feira de games do mundo! Ontem tivemos aqui em Los Angeles o primeiro dia oficial da E3 e fomos surpreendidos por a série de coisas, boas e ruins, que valem a pena ser comentadas.

Foto: Mayara Fortin/Drops de Jogos

Antes de tudo, quero responder às perguntas que mais me fizeram no Brasil quando descobriram que eu estaria por aqui:

  • Sim! A Nintendo tem um espaço enorme reservado para Zelda, com direito a gameplay!
  • Sim! A feira é enorme e ocupa todo o Convention Center.
  • Sim! Tem várias pessoas famosas do mundo dos games que acabam cruzando com você eventualmente, mas…
  • Não! Você acaba não conseguindo falar com eles porque a agenda desses V.I.P.s é lotada e super apertada. Quando eles não estão dando entrevistas oficiais em seus estandes, eles estão gravando para algum programa específico.
  • Sim! Tem bastante brinde rolando por aqui.

Agora posso começar oficialmente e dizer que estou amando tudo isso. Realmente existe muita coisa simultânea acontecendo e é portante ter uma agenda bem organizada para não se perder entre encontros de negócios, apresentações específicas, testes de games, etc. Praticamente todos os estandes tem sessões de trailers dos seus principais jogos e alguns dão aos visitantes a oportunidade de testar os games por alguns minutos. Tudo muito divertido e perfeito se não tivéssemos esbarrado em um problema técnico, daqueles que a gente tem a mania de achar que só acontece em evento no Brasil: Uma organização pouco prática e até um pouco desorganizada.

 A área do PlayStation pede que os convidados baixem um aplicativo de celular, que baixa outro aplicativo de celular, que dá acesso aos horários das apresentações de trailers e algumas oportunidades de testes. Soa muito legal, não é mesmo? Na prática, isso funcionou muito mal. A começar pelo fato de que o evento não conta com WiFi e muitas vezes os convidados internacionais não tem acesso à rede de dados.

Aí você vai pensar “tudo bem May, é só comprar um chip local” e eu vou te dizer “sim! Mas tente baixar um App dentro de outro app pelo 3G/4G e imagine o quão pouco prático e demorado isso pode ser”. A questão é que, além de tudo isso pedir cadastro, o app deu problema e sumiu com nossos nomes e de outras pessoas, que foram direcionadas ao HelpDesk porque mesmo com um print screen da confirmação da inscrição as pessoas do staff não tinham como escanear seu nome na credencial e já estavam avisando que o app deu problema. Agora, imaginem o tanto de tempo que se perde nesse vai-e-vem e quão levemente frustrante pode ser ter a tecnologia falhando em um evento de tecnologia dessa dimensão.

Um ponto positivo do meu dia com o Luiz, do Void Studios, foram as reuniões de negócios pré agendadas. A área do Connect @ E3 estava muito bem organizada e silenciosa o suficiente para que as conversas pudessem ocorrer tranquilamente. 

Algo também muito positivo foi conhecer Brian Stabile e Shawn Wightman da Astro Crow,desenvolvedora de mobile que pode em breve trazer seus jogos educacionais para o Brasil, logo no início do dia. Eles já tem mais de cinco anos de experiência na E3 e nos deram muitas dicas úteis sobre o evento, já que essa é a nossa primeira vez. Eles no contaram também que no ano passado os pavilhões estavam mais cheios, com mais expositores, do que agora em 2016. Isso não foi necessariamente visto por eles como algo ruim, pois ao menos garante que a feira possa ser melhor aproveitada em termos de participação nos pequenos eventos com hora marcada. De acordo com eles, a E3 é um evento muito bom para se atualizar das novas tendências de mercado e também um lugar excelente para o famoso “networking”, que inclusive acaba acontecendo até fora dos horários da feira, em festas e encontros que rolam no fim dos dias nos lugares mais badalados de Los Angeles e até nas casas de desenvolvedores mais “influentes” da indústria.

Seguindo o conselho desses nossos novos amigos, eu decidi passear por toda a feira para ter a visão geral do que estará rolando nos próximos dias, podendo assim me programar de modo eficiente, e focar no pavilhão das gigantes: Nintendo, Xbox e PlayStation. Assistimos o gameplay do novo God of War, de Days Gone e conseguimos jogar alguns indies no espaço do Xbox, além de Final Fantasy. Também vimos o gameplay comentado do novo multiplayes Sea of Thieves. No segundo dia vamos tentar o gameplay de Horizon e Zelda e depois do fim do evento vai rolar reviews de tudo isso pra vocês.

Para finalizar, quem me conhece já sabe que sou apaixonada por indie games, então vou passar algumas horas do próximo dia na IndieCade, que é a área de desenvolvedores indies da feira. Obviamente já passei por lá pra dar uma espiada no que me espera e matar parte da minha curiosidade. Fui pega de surpresa ao perceber que não há somente espaço para jogos digitais, mas também para jogos de mesa (que são outra paixão minha). Há também muitos jogos de Realidade Aumentada, o que parece ser o assunto do momento por aqui.

A correspondente internacional viajou a convite das empresas: Void Studios, Aquiris Game Studio, TDZ Games e Flux Game Studio.

Para ver o que a Mayara está fazendo na E3, que tal acompanhar o novo Instagram do Drops de Jogos?

Mayara Fortin é arquiteta por formação e viajou por diferentes países, do Leste Europeu até os Estados Unidos. Atualmente trabalha como relações públicas do Void Studios de São Paulo e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende fazer reviews de tudo o que jogou. É a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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