Mit, ex-técnico da paiN e Flamengo, é acusado por abuso sexual

Mais um caso no cenário de eSports

Além de ex-técnico do Flamengo e paiN, MiT já atuou como comentarista / Riot Games

O comentarista de League of Legends e ex-técnico da paiN e Flamengo, Mit, foi acusado de abuso sexual pela tatuadora Daniela Li. A denúncia veio a tona no dia 5 de janeiro de 2021.

Ela publicou em suas redes sociais um relato no qual conta detalhes sobre o ocorrido. O caso teria acontecido há sete anos. A tatuadora diz que foi forçada a realizar atos sexuais contra a sua vontade pelo comentarista. Ainda segundo o relato de Daniela, seu caso não foi um caso isolado e outras mulheres já passaram pela mesma situação de abuso com o comentarista.

“Poucas pessoas sabiam disso, mas contei para algumas esse ano e chegou até outra menina, que me chamou na dm e contou que foi abusada pelo mesmo cara. E também, que ela conhece outras, que nós duas não fomos as únicas”.

“Eu cansei de viver na sombra desse meu abuso e ver meu abusador só crescendo, interagindo com gente que conheço, saindo de rolê com gente que eu gosto. Inclusive já cortei pessoas da minha vida por conta disso, gente que sabe o que eu passei e escolheu dar rolê e virar amigo do cara porque ele mora em um casão com piscina”.

Mit atuou como jogador profissional da paiN Gaming e mais recentemente atuou como técnico do Flamengo. Em 2020, o profissional fez parte do Circuito Desafiante como comentarista. Casos como este estão se tornando comuns. Outros casos de abuso e assédio já vieram a tona no passado, como o de Element e de 4LAN.

O ex-técnico emitiu uma nota oficial sobre as acusações. Segue abaixo:

“Sobre o ocorrido

Há anos atrás, não conseguia encontrar a maturidade de hoje para tratar de um assunto tão importante, com a coragem e a responsabilidade que deve ser tratado. Muito tempo decorreu para quem se sentiu ferida perceber que ali havia algo que não a fez bem. Estou devastado e envergonhado por não ter percebido que machuquei alguém tão profundamente, não compactuo com abuso qualquer que seja.

Nos últimos anos, tenho evoluído constantemente como ser humano para entender que não há justificativas ou atenuantes para certas situações vividas. A evolução é um processo lento, constante e não repentino. A dor e a memória só pertencem àqueles que a sofreram, e não cabe a mim diminuí-las ou tratá-las como fatos corriqueiros. Nunca em minha vida tive a intenção de causar o mal a qualquer pessoa, e acontecimentos como o dessa madrugada são importantes para fazer com que os nossos olhos se abram para situações e desdobramentos que não podíamos enxergar outrora. É muito difícil reparar um momento sem a conversa necessária e desvelamento dos sentimentos. Que isso não seja tabu para ninguém que está lendo esse desabafo. Deixo nesta nota meus profundos sentimentos por qualquer ferida que eu possa ter causado a qualquer pessoa ao longo dos meus 29 anos de idade, independente do âmbito”.

Com informações da reportagem de Lucas Gerardi na ESPN.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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