Como mulher, acompanhei streamings, trailers e notícias sempre com um pé atrás, já esperando ver personagens principais homens, brancos e héteros em aventuras que provavelmente envolveriam salvar uma donzela em algum momento. No entanto, tive a grande surpresa e felicidade de ver não um, dois ou três, mas vários jogos com personagens femininas, jogáveis e/ou protagonistas, sendo apresentados. Não fui a única.
Pela Internet, testemunhei comemorações e elogios de outras jogadoras (famosas e anônimas), envolvendo muitos pontos de exclamação e até alguns escritos em Caps Lock. Entretanto, é preciso lembrar (insistentemente para algumas pessoas *cof* Gamergate *cof*) que o pedido por mais representatividade em jogos não é apenas uma questão de “ego”, mas uma forma de levar a indústria cada vez mais para frente e trazer criações cada vez mais originais e diferentes.
Vale lembrar, também, que o mundo ideal é aquele em que um dia não estaremos comemorando a representatividade, pois ela já estará presente de forma constante e linda. Afinal, como resumiu bem Rhianna Pratchett, roteirista de “Tomb Raider” (2013):
Aproveite pra conferir os melhores trailers revelados na E3 com mulheres em ação!
“Dishonored 2” (Bethesda)
Personagem mulher jogável e opcional.
https://www.youtube.com/watch?
“Rise of the Tomb Raider” (Square Enix)
Lara Croft em mais uma de suas aventuras, mas dessa vez exclusiva por tempo limitado para o Xbox One.
https://www.youtube.com/watch?
“Horizon: Zero Dawn” (Guerrilla Games)
Jogo com personagem mulher jogável do estúdio de Killzone e exclusivo para PS4
https://www.youtube.com/watch?
“Mirror’s Edge: Cataclyst” (EA)
Novo jogo da franquia com a praticante de parkour Faith Connors.
“ReCore” (Microsoft Studios)
Por Keiji Inafune (“Mega Man”) e desenvolvedores de “Metroid Prime”, “ReCore” é mais um exclusivo do Xbox One. Bônus: Cachorro-robô.
https://www.youtube.com/watch?
Outras menções especiais sobre o aumento da representatividade na E3 2015 que não podem faltar:
Claro, ainda muito o que se fazer em termos de representatividade. Onde estão negros, asiáticos, indígenas? Quando veremos (mais) personagens gays, lésbicos, bissexuais, transsexuais ou assexuais? No entanto, pela primeira vez em muito tempo, parece que as empresas estão realmente olhando para públicos diferentes e deixando o futuro dos games mais colorido e diversificado. Já era hora!
*Daniela é jornalista e vice-presidente da Impetus e-Sports.
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