Ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou em 27 de setembro de 2024 que o vício em bets é uma “pandemia”. Para ela, o problema deve ser enfrentado com o mesmo rigor com que se encarou o tabagismo. “É uma pandemia. Isso precisa ser trabalhado na saúde. A consequência é grave do ponto de vista da dependência”.
“É muito importante a regulação. É muito importante olhar para a publicidade. É colocar na mesma gravidade do que o Brasil fez em relação ao tabaco. Vício é facilitado pela velocidade, pela rapidez com que a pessoa entra nesse ciclo”, disse a ministra, no evento de lançamento da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos.
Ministério da Saúde, por sinal, foi acionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, que cobrou estudos e sugestões com vistas a diminuir o impacto das bets. As pastas da Fazenda, do Desenvolvimento Social e do Esporte fazem parte desse esforço conjunto.
De acordo com a pesquisa da Comscore, que analisa dados da internet, desde 2019 houve um crescimento de 281% no tempo de consumo dos jogos no Brasil. As apostas têm experimentado um crescimento igualmente rápido: em 2022, o país ficou no 10º lugar global, com US$ 1,5 bilhão em receitas brutas de jogos, segundo dados da Entain — uma das maiores empresas de apostas esportivas on-line do Reino Unido.
Com informações da reportagem do Correio Braziliense.
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