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Opinião: Com o Brasil em crise econômica, Campus Party Brasil aposta em regionalização

Com cerca de 80 mil visitantes, a Campus Party 2017 ocorreu mais uma vez no Anhembi, em São Paulo, entre os dias 31 de janeiro e 5 de fevereiro. O encontro tecnológico para acampar tem tradição na capital paulistana e a edição comemora uma década do evento, quando começou no Parque do Ibirapuera em 2007.

No entanto, a Campus mudou de 2016 para este ano. Após sua edição tradicional em São Paulo, a feira adotou o formato Weekend para outros eventos regionais, de apenas dois dias. E realizou duas edições inéditas.

Em novembro do ano passado, a Campus Party foi para Minas Gerais, onde levou o cantor Bruce Dickinson (Iron Maiden), e até Brasília. Aparentemente, foi uma aposta no cenário de empreendedorismo local para não centralizar todos os esforços somente no público paulistano.

No mês de julho de 2017, a Campus volta para Brasília.

Em dois anos com o mercado de comunicação em crise, demitindo e diminuindo investimento em grandes eventos, a Campus Party se expande apostando no faro tecnológico do brasileiro em diferentes regiões. Um grande acerto deles em anos anteriores é a edição no meio do ano em Recife, um dos maiores parques de inovação no nordeste brasileiro.

Outro acerto é a abertura do evento para pautas diversas em games e cultura pop. Feminismo, eSports e outros assuntos estão ganhando relevância entre o público campuseiro, embora a maioria ainda seja masculino.

E a edição de 2017 marcou a primeira entrada da Rádio Geek como emissora oficial do evento. A Geek é parceira do Drops de Jogos.

Nada mal, não?

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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