Após a confirmação oficial de Tite de que estava saindo da seleção brasileira, o debate sobre quem poderá ser seu sucesso ideal se iniciou de imediato. Entre comentaristas, torcedores e especialistas a realidade é que o nome não é consensual. Logo, fará todo o sentido que se perceba quais são os potenciais candidatos mais destacados. Será que teremos o primeiro técnico não brasileiro comandando a principal seleção brasileira de futebol?
Ora, se a roleta é um jogo clássico de cassino, o mesmo se pode dizer em tentar acertar em que vai assumir um dos cargos mais importantes do futebol brasileiro. Assim, até para que o possamos ajudar a aumentar sua chance de acerto, iremos abordar com maior profundidade o que os candidatos mais vezes apontados poderão apresentar na seleção brasileira, se destacando de toda a concorrência.
Em termos de popularidade e de número de vezes que é sugerido, o técnico português Abel Ferreira é o que mais se tem destacado. Apesar de ser muito jovem e de ser estrangeiro, seu trabalho, em menos de 3 temporadas no Palmeiras, tem sido evidente e de enorme sucesso. Com já Copa Libertadores, Brasileirão e ainda outras Copas, é evidente que Abel Ferreira conseguiu entrar muito bem em tudo o que o futebol brasileiro apresenta. Ao ponto de, alegadamente, estar sendo sugerido a grandes times europeus.
Sendo uma mudança radical na estratégia da CBF – que tem dado preferência aos técnicos brasileiros – a realidade é que Abel Ferreira poderá ser uma mudança de ares radical. Não só é jovem, tem diferentes ideias e formas de treinar, mas também já tem conseguido dar imensas provas de toda sua qualidade. A maior questão aqui estará mesmo em se perceber se o próprio jovem técnico português quer já aceitar o desafio de comandar uma seleção.
O antigo técnico da seleção espanhola está livre, após um desempenho na Copa do Mundo 2022 que acabou desiludindo. No entanto, tendo obtido bastante sucesso com o Barcelona, não há muitos anos, e tendo um tipo de jogo muito vincado, a CBF saberá ao certo o que irá encontrar ao contratar o técnico espanhol. Jogo com muito controle, posse de bola e poucos toques na bola por jogador. Mas será que esse tipo de jogo é o que melhor se vai adequar ao estilo de jogo brasileiro que, por norma, é bastante mais criativo, de improviso e de rasgos de genialidade de seus jogadores mais talentosos?
É crucial também mencionar que outro técnico português está, desde sua temporada histórica no Flamengo, sendo apontado há anos para o comando da seleção brasileira. Falamos, claro, do técnico carismático Jorge Jesus. Mesmo não convencendo em suas últimas aventuras na Europa, a realidade é que milhões de flamenguistas não se estão esquecendo de como o técnico conseguiu colocar o Fla jogando a um alto nível, quando tudo parecia perdido.
Com um jogo mais livre e estando já em fase final de sua carreira, o perfil de Jorge Jesus poderá encaixar melhor do que Abel Ferreira. Aliás, o próprio Jorge Jesus já assumiu publicamente que seria uma honra e um sono poder treinar a seleção mais histórica do futebol mundial. Mas será que a CBF está buscando por uma solução que nunca seria consensual e, de uma certa forma, até polêmica, dado o perfil mais imprevisível do técnico português? Na verdade, tudo indica que, qualquer que seja a escolha da CBF, inicialmente, muitas dúvidas estarão sendo colocadas.
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