Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
A indústria de games, globalmente, está enfrentando demissões em massa. Informações de bastidores que chegaram ao Drops de Jogos, razoavelmente confiáveis, apontam que mais layoffs estão a caminho. A E3, mais relevante evento do setor, morreu presencialmente. Seu substituto, o Summer Game Fest, muito impulsionado pela IGN, é um evento insosso em 2024.
LEGO Horizon Adventures e Star Wars Outlaws ficaram minúsculos, junto com M. Bison em Street Fighter 6 ou os personagens de Fatal Fury no mesmo game. No entanto, sendo um evento quase 100% digital, o Summer guardou diamantes nos eventos dedicados aos indies.
Não aos indies elogiados pelo Geoff Keighley, apresentador do evento e figura conhecida da indústria. Esses são os indies de “alto orçamento”.
Dois streams, Latin American Games e Women Led Games mostraram os reais indiegames. Feitos por países do sul global e por mulheres, cis e trans. Apesar dos estereótipos com mexicanos no encerramento, Brasil, Equador e muitos outras nações brilharam.
Pipistrello and the Cursed Yoyo, da Pocket Trap de Ninjin, ganhou demo no evento. Extinction Rifts, de FPS, e Saborus, de galinha, da publisher QUByte apareceram.
E ABYSS X ZERO, das criadoras de Unsighted, brilharam nesses eventos. São jogos que trazem mecânicas que você já viu em clássicos, mas recombinadas e com roteiros e propostas totalmente originais.
Numa indústria de games tomada por interesses financeiros, o futuro continua indie.
Mesmo com desenvolvedores absolutamente precarizados.
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