Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
Abro este texto com duas colocações, apesar das fotografias de políticos que o abrem: Não mencionarei nomes nem do presidente da República, nem de deputados, senadores, entidades do setor ou atores públicos específicos. A ideia deste editorial é não ser injusto com ninguém. Por isso, vou direto aos fatos.
Por ter acesso a algumas informações antes de que viessem a público, este Drops de Jogos tomou uma decisão arriscada, porém consciente: Com os dados em mãos, decidimos nos manifestar pelo apoio ao melhor texto do PL 2796, o Marco Legal dos Games. Essa manifestação envolveu chamar o que é aposta de aposta, apontar outros parlamentares que agiram nos bastidores para tornar a sua aprovação viável, não ficar só nos holofotes, denunciar e fazer jornalismo.
Pagamos um preço caro por isso, que não acabará neste editorial. Mas é o mesmo preço que pagaram as pessoas que viajaram do próprio bolso até Brasília para evitar uma catástrofe propagada pelas apostas digitais, pessoas que bateram na porta do gabinete de senadores, pessoas que encheram o saco da assessoria do presidente da República.
Pessoas que trocaram mensagens com o ministro da Fazenda, com o de Direitos Humanos, com quem tinha o número de WhatsApp salvo. Pessoas que informaram umas às outras sobre prazos, trâmites legais e possíveis obstáculos.
A vitória do Marco Legal dos Games é uma vitória da sociedade civil. Os políticos, nesse caso, agiram como deveria ser qualquer regime democrático. Foram porta-vozes da população.
Agiram por ideologia, sim, e também por questões técnicas de indivíduos que podem melhorar a sociedade brasileira.
O Marco Legal dos Games acontece no período histórico de outros marcos legais: O Marco Civil da Internet (2014) e a discussão de um marco para as redes sociais, que ocorre neste ano.
O Brasil se coloca na vanguarda da tecnologia com um marco que reconhece o seu ecossistema de desenvolvimento de jogos e agora precisa lutar para a implementação dos artigos do PL 2796.
No que depender deste Drops de Jogos, a defesa da cena brasileira de jogos eletrônicos seguirá irrestrita.
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Irresponsável é pouco, essa decisão é maldosa pois favorece assediadores e stalkers