Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Muito se fala, na PerifaCon e em sua edição de 2025, sobre o potencial do maior evento de cultura pop das periferias em integrar. No entanto, no momento da Gamescom Latam buscando ainda mais a sua internacionalização e da BGS trazendo Hideo Kojima, é na Perifa que mora o espaço dos jogos indie brasileiros que se perdeu do BIG Festival.
Numa curadoria recomendada pela empresária da Dyxel Gaming, Érika Caramello, cofundadora da Rede Progressista de Games, a RPG, com este que vos escreve, jogos de estudantes que depois foram premiados na Gamescom em São Paulo passam primeiro pela PerifaCon. É o caso de Pavu, da Toró Studio.
Deve ser o caso do Xodó Studio, e de uma série de entrevistas em vídeo que publicaremos nos próximos dias.

Também é na PerifaCon que a RPG fez a segunda edição de suas mentorias, auxiliando estúdios de jogos eletrônicos e de boardgames em seu desenvolvimento. Com profissionais de imprensa, marketing, roteiro, localização, programação e ilustração, buscamos trocar experiências num evento gratuito. E o resultado são jogos que dão seus primeiros passos e depois se lançam em espaços como RetroCon, Flow Games e muitos outros locais.

Com Andreza Delgado, fundadora da PerifaCon

Foto da Rede Progressista de Games de Kao Tokio, do Quebrando o Controle
E além das atividades diretamente relacionadas com os indies, o Drops fez a cobertura do evento e teve o privilégio de lançar seu primeiro livro: Videogame Crash, do Marco Legal dos Games às demissões em massa. Para uma plateia atenta, discutimos as dificuldades e o desafio da indústria dos videogames – sobretudo num país ainda periférico como é o Brasil.

Videogame Crash, nosso livro com 160 páginas, reorganiza reportagens exclusivas, detalhes da tramitação da lei e traz bastidores inéditos do dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei – e como ela quase foi sequestrada pelas apostas, as bets, sob um nome chamado “fantasy games”. Você pode adquiri-lo aqui.

O livro foi viabilizado pela Rede Progressista de Games e por nosso financiamento coletivo.
A RPG é um grupo político de esquerda voluntário que redigiu cartilhas para políticos como Lula e Guilherme Boulos. O texto de políticas públicas da rede inspirou a redação da Lei 14.852, o Marco Legal dos Games.

Agradeço por esse lançamento à Andreza Delgado, fundadora da PerifaCon, que tornou viável essas discussões e exposições de jogos nacionais, num espaço dividido com gigantes como Jovem Nerd (que estava lançando o filme A Própria Carne) e o canal de entretenimento Entre Migas, entre outros muitos convidados. E também sou grato à Amanda Joazeiro e todo o estafe que nos recepcionou na Perifa.

As fotos são da @projetoclicknafavela.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
