O Drops de Jogos conversou, no último dia 28 de abril, com os profissionais de educação com jogos Juh Oliveira, Francisco Tupy e Jaime Daniel sobre as experiências que envolvem jogos analógicos e digitais e suas relações com o ‘Amor’ e a ‘Educação’.
O bate-papo veio no bojo da fala do presidente Lula, que sugeria não haverem jogos que falam sobre os temas ou capazes de dialogar de forma positiva sobre essas questões.
Francisco Tupy, educador e gamer assumido, que se autodenomina “mestre em Street Fighter e doutor em Minecraft”, ponderou ser importante “racionalizar o discurso”. “Que exemplos [a gente] tem de jogos lidam com essa questão? É um conhecimento que, talvez da nossa parte, talvez da própria mídia, que precisam ser melhor divulgados”, avaliou.
“O ato de ensinar é um ato de amor”, observou Jaime Daniel, conhecido por seu trabalho como Promotor Lúdico, ensinando o público há mais de duas décadas a jogar board games e RPG. “Jogos são uma forma de entretenimento que passam conteúdo, também, passam uma informação […] os jogos falam diretamente com o jogador, sobre emoções, sobre amor, afeto, sobre amizade”, destacou.
“O lance do não ser chato, é também quando a gente está interagindo, está se colocando no lugar desse outro”, expressou Juh Oliveira, historiadora, socióloga e docente na rede pública de ensino. “Falta saber como usar essa ferramenta, porque ferramenta tem muito […] na prática, a gente tem essa estrutura, [mas] a gente tem esse saber?”, debateu a profissional, mestranda em Cultura. “E é isso que é incrível: quando a gente relaciona essa mídia, independente da forma do game, com resolução de conflitos, problemas, com algumas interatividades, mesmo com pessoas mais tímidas, e criar um ambiente seguro”, postulou.
Assista, abaixo, o recorte com as falas dos três educadores.
Imagem: frame de vídeo