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Cinco ideias brasileiras que incentivam a “gamificação” em startups

 

1. Heath
Kids Este é um jogo educacional desenvolvido para um público infantil. José Claudio (18), o presidente da startup, nos explicou como o game funciona junto com Felipe Paranelli (19), seu sócio. “A gente começou fazendo sites, de freela em freela.Enxergamos um potencial para fazer um projeto maior na área de saúde. Decidimos focar o Heath Kids dentro deste setor para crianças e o game é algo da nossa geração que pode comunicar algo da nossa linguagem”, disse Claudio.A dupla já tinha feito jogos anteriormente, incluindo um título chamado The Walking Fest que foi trabalho de conclusão de curso (TCC) dos jovens. “Era um jogo com zumbis, inspirados no zumbis de Walking Dead, criticando a alimentação através de fast foods.  Essa comida funcionava como contaminação e você, como protagonista, tinha que livrar o mundo disso. Foi outro projeto na área de saúde”, complementou o presidente da empresa.Heath Kids é um jogo 2D que foi lançado em março deste ano. O game é focado na faixa etária entre 6 e 12 anos de idade e quer trazer uma experiência online. A dupla de jovens teve um investidor que aplicou R$ 12 mil de sua poupança no projeto por acreditar em seu potencial. “O jogo terá um sistema de assinaturas que permitirá o acesso a uma revista, uma comunidade e apoio de vlogueiros na internet, além de parcerias com nutricionistas para ensinar a criança a se nutrir de maneira melhor”, finalizou. O programa funciona para PCs.

2. Gueft

Este é um aplicativo gamificado para escolher seus presentes, o programa funciona para ajudar pessoas que tem dificuldades em comprar produtos que agradem amigos ou parentes. “Presentear namorada e conhecidos em festas de final de ano, Natal e aniversário são alguns dos objetivos do app. O programa funciona com uma inteligência artificial, gráficos e variáveis que ajudam a indicar o melhor presente”, nos explicou Rafael Elias dos Santos (22), o criador.O app foi criado em dois meses e sem nenhum investidor inicial. No entanto, ele consegue se monetizar através de parcerias com sites de varejo na internet, como o Buscapé. Seu funcionamento se dá por um formulário de perguntas para que ele elabore um catálogo de presentes. Está disponível para download gratuito em sistemas Android.

 

3. Sicar
O Simulador de Cadeira de Rodas (Sicar) foi desenvolvido por Vitor Ricardo, jovem de 19 anos, e funciona com o Oculus Rift para ajudar pessoas que possuem locomoção comprometida de suas pernas. “O projeto surgiu no meio universitário, como um TCC, e foi pensado inicialmente para o sensor de movimento Kinect, da Microsoft. Há uma falta enorme de programas gamificados para cadeirantes. Estamos conversando diretamente com essas pessoas para entender suas necessidades e fazer uma aplicação conscientizadora. Eles muitas vezes ficam na cadeira de rodas do dia pra noite, depois de ter uma vida ativa. Dizem pra essas pessoas: Você tem que continuar. E nem sempre isso é simples”, explicou o empreendedor.O projeto ainda está em desenvolvimento e começou em setembro de 2014 e deve ser lançado neste ano. Testes ainda estão sendo feitos com portadores de deficiências físicas com ajuda do motor gráfico Unity 3D, que é utilizado em videogames. Mais informações sobre o programa podem ser encontradas no site oficial da Sicar.
4. Freeda
Este é um aplicativo para avaliar estabelecimentos principalmente quanto à receptividade da comunidade de gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais. “É uma plataforma colaborativa para dar notas sobre a atuação do local na aceitação da liberdade sexual e das diferenças de gênero. O atendimento pode se avaliado e o próprio público também pode receber notas nos bares e restaurantes cadastrados. Ou seja, tanto o estabelecimento quanto quem frequenta ele estão no app”, disse Bárbara Arena (27), uma das criadoras da iniciativa.O Freeda surgiu durante um hackaton que ocorreu em novembro do ano passado, uma maratona que reúne nerds e aficionados por tecnologia. Os melhores estabelecimentos recebem um selo Freeda de aprovação. “Essa é uma atividade de gamificação do aplicativo. Os usuários podem contestar o selo. Estabelecimentos novos podem solicitá-lo para mostrar que são receptivos com a comunidade LGBT”, finalizou. Para quem se interessar pela proposta, ela está em desenvolvimento em uma página da rede social Facebook.
5. Battle Road
Diego Felix de Oliveira (27) criou a Battle Road para organizar campeonatos de jogos online famosos. “Nossa ideia surgiu de uma deficiência própria do ramo. Para quem quer organizar, existe o trabalho de divulgar nas redes sociais, cuidar das inscrições e confirmar usuários que pagaram ou não para gerar chave de acesso. A Battle Road cuida de tudo isso e ainda manda emails para nossa base interessada de jogadores”, explicou o desenvolvedor.O sistema de organização do brasileiro também prevê pagamento em boleto, cartão de crédito e até valores parcelados. A plataforma foi desenvolvida entre fevereiro e dezembro de 2014, e já funciona com jogos como Street Fighter IV. A ideia não contou com nenhum investidor inicial. Toda a verba foi dos próprios criadores.“Pretendemos incluir um sistema de streaming para quem quiser ver os nossos campeonatos. Também estamos desenvolvendo uma moeda própria que pode ajudar em futuros torneios”, concluiu Oliveira.

 

Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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