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EXCLUSIVO: Dyxel Gaming promove curadoria de games afro-diaspóricos em museu no Ibirapuera

A empresária Érika Caramello, da Dyxel Gaming, parceira do Drops de Jogos, enviou informações em primeira mão sobre a curadoria de games afro-diaspóricos em museu no Parque do Ibirapuera. Reproduzimos abaixo o texto de divulgação do site oficial do evento, que é gratuito.

Marcando o início das comemorações do mês das crianças, o Museu Afro Brasil – Emanoel Araújo, localizado no Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Alvares Cabral, s/n – Portão 10 – São Paulo – SP), oferece no sábado, dia 7 de outubro, a partir das 11h, uma programação exclusiva para pais e filhos repleta de jogos. Trata-se da atividade lúdica Games Afro-Diaspóricos, que tem curadoria da Dyxel e conta com 3 jogos do estúdio associado DogMel Games.

Na oportunidade, os participantes conhecerão em primeira mão o jogo de tabuleiro Ayê, um RPG inspirado no jogo da vida, com tecnologia de Realidade Aumentada, voltado para crianças e adolescentes a partir dos 10 anos. Nele, o jogador monta um personagem para viver uma aventura ajudando pessoas e grupos em situações diversas, com auxílio de antepassados, encantados, Exus e Pombagiras, mestres e grandes Orixás. Essas figuras heroicas de carne e osso são colocadas à prova e têm tempos medidos em luas para terminar um evento, normalmente resolvido em comunidade, uma vez que precisam de muitas energias diferentes.

Cada uma das 16 partes do tabuleiro de Ayê é regida por um Orixá, da qual a energia estará mais forte ou mais neutra ao longo do jogo de acordo com o dia da semana. Mas essa é apenas uma das formas de jogar o Ayê, que mostra como a cosmologia africana resolve algumas situações e ajuda cotidianamente o ser humano. O jogo é parte integrante de um kit escolar paradidático, que explica como funciona a dinâmica da cosmologia africana e seus princípios no cotidiano.

Outro título disponível é Dan: Guerreire do Arco-Íris, um jogo digital que conta a jornada de autoconhecimento de uma criança agênero, que estuda em uma escola conservadora no ano de 2030, na cidade de São Paulo. Após sua melhor amiga sofrer bullying, resolve reagir e algo sobrenatural acontece: Dan enfrenta algozes visíveis e invisíveis. É um jogo dinâmico, mistura de beat’em up e novel inspirado nos fliperamas, todo baseado na lógica dos encantados e nos Deuses Yorubás. Dan tem a missão de juntar as cores do arco-íris e, com elas, conhecer cada orixá e seu real destino.

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Mancalas que serão sorteadas ao público participante da oficina. Divulgação.

Dan é um jogo premiado, que recebeu financiamento da aceleradora VaiTec Games e esteve na última edição da Gamescom, maior evento mundial de games que acontece anualmente em Colônia, na Alemanha.

Por fim, a Mancala é uma gama de jogos africanos que datam como uns dos primeiros jogos do mundo. Possuem muita estratégia e raciocínio lógico / matemático. Mancala é uma palavra árabe que significa mover. O jogo da Mancala move sementes e faz semeaduras num tabuleiro de 14 espaços, ocupados por 14 participantes, jogado em duplas de adversários trabalhando habilidades como estratégia, raciocínio e velocidade de ação, bem como algumas capacidades socioemocionais importantes para o desenvolvimento na infância e adolescência. A proposta da atividade é aprender a jogar Mancala via oficina com o mestre dos mestres da jogatina: seu Zé Pelintra, representado por um ator, que ensinará as regras e proporá desafios.

Para Érika Caramello, CEO da Dyxel, participar dessa atividade ressalta o protagonismo da empresa ao trabalhar com games e públicos plurais em espaços diversos. “É necessário romper com a lógica da indústria de games, que não favorece quem pertence às minorias representativas. E o início da parceria com o Museu Afro Brasil nos deixa imensamente felizes, provando que é preciso pensar grande, pois o papel de minoria não nos cabe”, fala. Para ela, essa oportunidade é ímpar. “Estrear na curadoria de uma atividade de games antirracistas num museu que ocupa um prédio inteiro assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer dentro do maior parque da maior cidade da América do Sul: tudo isso só nos enche de orgulho!”.

Érika lembra que o estúdio DogMel, durante a seleção para a viagem à Europa, sofreu um episódio de racismo religioso escondido sob a alcunha de crítica por parte de um dos jurados da comitiva, que alegou que o tema do jogo Dan não seria compreendido no exterior. “Inovação numa indústria criativa exige novos olhares. É isso o que nossos estúdios associados trazem em forma de game e, felizmente, não estamos sós e tampouco escondidos. Estamos unindo forças e ocupando espaços. É o que realmente importa”, finaliza.

A atividade Games Afro-Diaspóricos acontece no Auditório Ruth de Souza do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo e é indicada para pessoas a partir dos 6 anos de idade. Os ingressos gratuitos podem ser obtidos na área de tickets do site do Museu Afro Brasil a partir das 10h de domingo, dia 1º de outubro. Haverá o sorteio de mancalas para o público presente na atividade.

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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