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IGDA-SP negocia espaço para empresas de games e indies brasileiros na CCXP 2015

A Comic Con Experience foi um sucesso de público e conteúdo na versão inaugural, no final de 2014, e pretende ampliar sua atuação, voltando a atenção também aos games em 2015.

Em conversa com o Drops de Jogos, Marcos Gonçalves, diretor de eventos da IGDA-SP, capítulo paulista da International Game Developers Association, informou que a associação está envolvida nas negociações com os representantes do evento para a criação de um espaço exclusivo para games. "Não apenas para indies, mas para estúdios de todos os tamanhos", informou o profissional, também desenvolvedor de jogos.

Segundo Gonçalves, as conversas tiveram início após a iniciativa de Jay Santos, evangelista do sistema Unity 3D, em aproximar os representantes de cada grupo para idealizarem em conjunto uma maratona de games na CCXP desse ano. "O pessoal do Omelete ficou sabendo sobre as Game Jams e queria fazer algo do tipo no evento", explicou. "Mas ai, ao conversar com eles eu disse que uma jam não teria muito haver com o perfil da convenção. Sugeri a oferta do espaço para os devs e eles curtiram a ideia na hora".

Marcos Gonçalves tem experiência na realização de projetos do gênero, tendo mediado a aproximação entre desenvolvedores independentes e os organizadores da XMA, arena de esportes eletrônicos, que aconteceu na capital paulista em setembro passado. "Dessa vez, tivemos uma primeira reunião com a organização da CCXP, onde falamos sobre o espaço e as possibilidades para o projeto. Recentemente, eles me passaram uma planta inicial para estudarmos como convidar e envolver os devs", explicou ao Drops de Jogos.

A ideia parece oportuna tanto aos desenvolvedores de games quanto à organização, como indicou o diretor de eventos: "No ano passado eles focaram muito em HQs, cinema e afins, e não consideraram a presença de jogos na feira. Esse ano perceberam que seria interessante para o público também uma area para jogos, com espaço para empresas e dando visibilidade ao desenvolvedor indie. Eles ficaram muito empolgados com a ideia de por conteúdo brazuca no evento", ressaltou.

A área exclusiva a games, no entanto, não será gratuita e os produtores interessados deverão arcar com um valor que, embora não seja proibitivo, é bastante expressivo para os pequenos produtores. "Ficou mais caro do que eu previa", confessa Gonçalves, sem poder explicar ainda a previsão inicial de R$ 3 mil por stand no espaço. "Ainda não tenho os dados, precisaremos de outra reunião onde estas informações serão detalhadas mas, sinceramente, não está incoerente. Ano passado, no maior evento de games do Brasil, tínhamos stands vazios a R$ 4 mil", comentou, em alusão ao Pavilhão Indie da Brasil Game Show.

Como forma de tentar minimizar o problema do valor, o diretor explica que a associação deverá se mobilizar em breve para iniciar um processo de captação de recursos via patrocínio, para custear parte dos investimentos. "Talvez empresas interessadas em ver o crescimento desse mercado, para termos produtos com maior qualidade, ou publishers desse meio e desenvolvedoras de ferramentas como a Unity ou Epic/Unreal possam oferecer aportes", indicou, sem deixar de considerar que grupos empresariais de fora do nicho também são potenciais investidores. "Depois que Toren foi financiado por uma empresa de móveis, não vejo motivos para não conseguirmos captar junto a outros grupos".

Atuando de forma voluntária para promover estas ações, Marcos Gonçalves acredita que temos potencial para grandes realizações no mercado nacional de games: "Eu realmente estou tentando ser a porta da comundidade com o evento e quero que o desenvolvimento nacional de games como um todo melhore", finalizou. 

À medida em que a IGDA-SP tiver novidades, o Drops de Jogos atualizará as informações do evento.

Kao Tokio

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