O termo indie ganhou força com inspiração no punk rock e no rock independente da música que surgiu a partir de 1977, recorrendo ao básico dos acordes e à filosofia do "faça-você-mesmo", o que destoava do rock progressivo extretamente técnico e até mesmo o heavy metal que era muito comercial. Na década de 90, os indies se juntaram com grandes publicadoras como Electronic Arts e outras, depois de serem distribuídos shareware em sites e outros sistemas de distribuição dos usuários. Os anos 2000 abriram espaço para desenvolvedores que saíram das produções simplificadas para criarem marcas e títulos próprios com ainda mais intensidade.
Os jogos para celulares explodiram a partir de 2007 com a popularização dos smartphones e do iPhone da Apple. A partir de lojas como a App Store e o Google Play, os desenvolvedores se tornaram autores próprios, dando percentuais entre 30% até 40% para as grandes distribuidoras. Ao mesmo tempo, a loja de games Steam surgiu em 2003 com o sucesso de Counter-Strike pelas mãos da Valve e aceitou jogos terceirizados a partir de 2005. Eram os mesmos indies para PC crescendo no século 21 numa lógica de mercado similar aos dispositivos móveis.
Em janeiro de 2012 chegou o documentário Indie Game: The Movie, dirigido por James Swirsky e Lisanne Pajot, ajudou a popularizar ainda mais o termo. Com três histórias – Edmund McMillen e Tommy Refenes que fizeram Super Meat Boy; Jonathan Blow que fez Braid; além de Phil Fish que estava desenvolvendo Fez pela Polytron – o documentário deu um panorama sobre o mercado independente e como ele ganhou destaque diante de grandes empresas como a Microsoft e em conferências respeitadas como a Game Developers Conference (GDC), nos Estados Unidos.
O mercado brasileiro é essencialmente formado por desenvolvedores independentes. Toren, da Swordtales, embora tenha recebido incentivos da Lei Rouanet do governo federal, foi um projeto indie que buscou um padrão de alta qualidade. Por outro lado, a Duaik Entretenimento recentemente associou-se ao programa ID@Xbox da Microsoft para ganhar o suporte de uma grande empresa para promover os indies em nosso país.
Gostou da discussão sobre o termo? Para complementar, o empresário Maurício Alegretti, da Smyowl, editor do Indústria de Jogos (IDJ) e membro do IGDA fez um vídeo abordando essas questões. Confira abaixo e saiba o que é game indie.
Produção para streaming
Ele está fazendo o drama ‘Queer’
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