Em quatro anos, a cena VR nacional se desenvolveu e criou laços internacionais em empresas como IMGNation, Skullfish e outras. Ana desenvolveu seu Pixel primeiro como um trabalho de pós-graduação no Reino Unido, após deixar um cargo público estável num tribunal do Maranhão, e mergulhar de cabeça no mundo dos videogames sem entender nada de programação de antemão.
Ana viajou até os Estados Unidos, conheceu a Oculus, conheceu o Facebook e só finalizou o game em São Paulo na empresa ARVORE. O projeto final chegou em 31 de julho de 2018 com o nome Pixel Ripped.
O jogo foi levado ao programa Zero 1, da TV Globo, para o evento GameXP no Rio de Janeiro, finalista do VRAwards em Londres, do IndieCade nos Estados Unidos, e sua criadora apareceu nesses eventos com um cosplay de Dot, a personagem principal do game. Antes de ser finalizado, o projeto chegou a ser apresentado na China.
Ela falou sobre sua carreira em duas palestras no TED – uma no Brasil e outra nos EUA.
Ana Ribeiro também deu uma entrevista exclusiva para a Rádio Geek, conduzida por mim e pela Monique Alves do Resident Evil Database.
Antes mesmo de todo o alvoroço do lançamento, escrevi um longo perfil sobre Ana publicado no Drops em 12 de setembro de 2016. Foi fruto de uma conversa de oito horas com ela na Avenida Paulista, falando sobre infância, seu talento para negócios e venda de produtos, além do estranhamento de aprender direto programação para realidade virtual.
Ana foi a programadora, a designer e a marketeira de seu próprio game. Um jogo de faculdade, o que é bem verdade, mas também um projeto inovador e à frente do seu tempo. Pixel Ripped 1989 é um game dentro do game, que fala sobre experiências nostálgicas com jogos de plataforma como Mega Man e Metroid.
Mas é um passo além ao colocar o gamer na pele de uma menina que presencia o retorno ao passado acontecendo diante dos seus olhos.
Pixel Ripped é um jogo sobre a própria Ana Ribeiro. Segundo a própria, é uma ideia que veio de um sonho.
Um sonho muito estranho que veio para antecipar tendências de mercado na cena brasileira de games e consolidá-las entre os desenvolvedores. Muita gente entrou e saiu do projeto de Ana. Mesmo com tantas transições, ele foi finalizado com maestria.
É por essa trajetória, e horas e horas de entrevistas, que ela é a desenvolvedora de games do ano de 2018 para o Drops de Jogos.
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