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Opinião: Marcos Venturelli é o nosso Desenvolvedor Brasileiro de 2016

Marcos tem 29 anos e é baiano de Salvador. Mas morou em diferentes cidades, como Pouso Alegre em Minas Gerais. Foi um dos integrantes do Critical e tornou o game DungeonLand um dos três mais vendidos do Steam internacional, após dois anos de desenvolvimento

Apesar do sucesso, os obstáculos o forçaram a mudar. Com o fechamento da empresa de 12 funcionários, que chegaram a dar origem ao Bitcake Studio no Rio de Janeiro, Marcos Venturelli entrou numa jornada nômade pelo Brasil. Passou por São Paulo e outras cidades, morando na casa de desenvolvedores e entrando em projetos de diferentes gêneros e com alcances distintos.

Em conjunto com Betu Souza, desenvolveu Relic Hunters Zero, um game gratuito open source que desenvolveu uma comunidade de programadores para expandir o título. Venceu o concurso BIG Starter como Jogo de Entretenimento, faturando uma premiação de R$ 20 mil. Foi uma experiência longe de visar o retorno financeiro que alcançou sucesso de crítica.

Betu e Marcos Venturelli também fizeram parte do maior projeto do Behold Studios de Brasília depois de Knights of Pen and Paper. Eles estiveram diretamente envolvidos com o game Chroma Squad, que enfrentou processos e conseguiu, de maneira bem-sucedida, unir gráficos retrôs com a cultura japonesa. O jogo de 2015 saiu tanto para PCs quanto Xbox One e PlayStation 4.

O último projeto de Marcos foi Star Vikings, um jogo tático que foi destaque do último BIG na área de exposições. Como um barco em mares tempestuosos, o desenvolvedor permaneceu em movimento e soube entrar em oportunidades fundamentais da cena brasileira de games nos últimos quatro anos.

No DASH Games, evento que ocorreu em Lajeado, Rio Grande do Sul, ele deu um workshop sobre as ferramentas de desenvolvimento que utiliza em sua empresa de games, a Roguesnail. A companhia, no caso, tem o próprio Marcos como centro de produção de jogos.

A história de Marcos Venturelli é inspiradora e traz o exemplo do esforço pessoal contra as características adversas e peculiares do Brasil.

Por isso, e por muitos outros motivos, ele é o desenvolvedor de games do Drops de Jogos em 2016.

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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