“Esqueça o Summer Game Fest: para você encontrar o verdadeiro sucessor da E3, é necessário olhar para fora dos Estados Unidos”, mancheta o site britânico VG247, da Gamer Network. O texto, assinado pelo editor-chefe Dom Peppiatt, que também é colunista do jornal The Guardian.
Há muitos pontos bons e interessantes na visão internacional do evento BIG Festival 2023, que muitas vezes escapam do olhar brasileiro. Enquanto vivemos uma situação social e econômica delicada, o jornalista aponta que a feira não perdeu a sua essência: os jogos independentes.
“O BIG Festival do Brasil é uma convenção exuberante, com entusiasmo e energia – e algo que outros grandes game shows podem aprender”. E ele prossegue: “Você sabe a pior coisa sobre a E3, no final das contas? Parecia tudo tão falso. Foi o evento equivalente àquele meme de Steve Buscemi ‘como vão, colegas?’ – corporações agitando e pedindo para você ‘sair’, assistir a alguns ‘trailers de jogabilidade radicais’ e se envolver com sua marca”.
“Abrindo para o público, a E3 não sabia bem o que queria ser: era uma mega-feira corporativa B2B que primava por reuniões e apertos de mão secretos a portas fechadas? Ou foi um festival de jogos moderno, jovem e legal que entendeu o que era ser um jogador da Geração Z disposto a gastar muito dinheiro para chegar ao centro de LA por alguns dias e aproveitar as vibrações?”.
O texto lembra que a Summer Game Fest de Geoff Keighley substituiu a feira americana mais relevante e então sentencia: “É possível que a autenticidade do BIG venha de como o evento é organizado: na feira, a grande maioria dos expositores são desenvolvedores indies. Há toda uma fileira de jogos independentes do Brasil, exibidos com orgulho no meio da sala de exposições. Jogadores ansiosos – de crianças a idosos! – faça fila para demonstrar títulos pequenos e atraentes dos quais você provavelmente nunca ouviu falar.
Enquanto isso, Warner Bros., Microsoft, Ubisoft e Konami… estão todos de lado, limitados a pequenos estandes, com espaço para se promoverem discretamente. Aqui, os criadores menores têm voz mais alta, e isso é incrível. Terei um artigo separado no site em breve sobre os melhores jogos menores que joguei aqui, mas esse foco e paixão pela parte mais básica do cenário de desenvolvimento é revigorante”.
E finaliza, citando o game premiado pelo evento.
“Ao sentar para escrever este texto, ouço alguns paulistanos rindo e torcendo enquanto concluem a demo de Bloodless – um estilo retrô de ação e aventura que ganhou o prêmio de Melhor Jogo Brasileiro no BIG. É difícil não ficar impressionado com o que está acontecendo aqui. A vibração aqui está muito longe do dubstep pulsante e das demos de jogos repetidos sem fim da E3, e uma experiência mais aberta e comemorativa do que o campus fechado no Summer Games Fest”.
É mole? O Brasil está com moral lá fora. Leia o texto completo, em inglês, aqui.
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