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Análise: Infelizmente o beta de For Honor trouxe um game repleto de boas ideias com bugs

O Drops de Jogos teve acesso ao beta do game For Honor, uma grande promessa da francesa Ubisoft para este ano. Anteriormente, este que vos escreve jogou o título na BGS 2016 e gostou muito da experiência. Qualifiquei o game como uma das possíveis surpresas para 2017. Era, de fato, um dos jogos que mais esperava para este ano.

Joguei o beta e… me decepcionei um pouco.

A Ubisoft disponibilizou uma demo temporária entre os dias 26 e 29 de janeiro com foco no multiplayer. A campanha de singleplayer não estava disponível. Achei que iria me divertir na disputa contra jogadores ou bots e tive algumas frustrações.

Primeiramente, o sistema de defesa com o analógico direito tem uma demora de resposta que compromete seu guerreiro caso ele seja acertado por um golpe, em qualquer uma das três direções possíveis. Meu irmão e eu discordamos neste ponto da impressão, mas achei mesmo que o sistema de batalha poderia ser mais fluído, embora traga mecânicas muito interessante no uso das armas.

Justamente por este comprometimento nos controles, opte por começar jogando com o Warden, do clã dos cavaleiros. É o personagem mais versátil nos combates de média distância. As outras classes – samurais e vikings – requerem uma perícia maior sua no jogo. Não adianta usar o Berserker sem saber sobre ataques a distância, assim como Orochi só detona mesmo como counter.

Os bugs propriamente ditos foram na demora de inserir bots no caso de falta de players, ou mesmo a interrupção subita de partidas quando os jogadores se retiravam. Este fato se tornou especialmente frustrante no caso de disputas de território na arena em que meu time estava ganhando, por exemplo.

Apesar da opção de personagens femininas em quase todas as classes, algumas conservam personagens só masculinos, o que me soou machista.

Os combates no beta podiam ser 1×1 (melhor para começar), 2×2 ou 4×4 na arena, similar a Dinasty Warriors. O segundo modo te ferra se você não tiver um companheiro que saiba trabalhar em equipe, enquanto a arena é ruim para os menos experientes. Não espere sobreviver muito tempo contra outros players mais experientes. O tempo entre partidas pode demorar entre 30 segudos até dois minutos.

Além de todas estas constatações, For Honor tem um ótimo sistema de customização dos personagens, o que o transforma quase num RPG de ação em arena. No entanto, boa parte do conteúdo poderá ser pago. Por este motivo, a desenvolvedora terá que cuidar do equilíbrio do game para não privilegiar apenas os pagantes. Terá que aprender um bocado com Overwatch da Blizzard, um sucesso absoluto até o momento.

Apesar de algumas leves decepções, o jogo funciona muito bem e aguardamos para saber como será a campanha singleplayer. Se quiser saber mais sobre as minhas impressões de For Honor, assista os dois vídeos abaixo. São mais de três horas de jogatina.

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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