Apple pode ampliar a montagem de iPhones no Brasil como forma de contornar as tarifas de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nosso país tem as tarifas recíprocas dos EUA menores e fixadas em 10%. Na cadeia produtiva atual, o smartphone pode encarecer em até 40% para o consumidor americano.
Isso dependendo em mais da metade dos envios vindos da China. A Índia, que tem ganhado importância na estratégia da Apple nos últimos anos, e que dobrou a produção de aparelhos entre 2024 e 2025, também foi atingida: seus produtos enfrentarão uma tarifa de 26% a partir de 5 de abril.
A empresa da maçã vende mais de 220 milhões de iPhones por ano e tem nos Estados Unidos seu maior mercado. Com tarifas tão elevadas, a companhia enfrenta um impasse.
Um impasse para absorver os custos e reduzir suas margens, ou repassar os valores aos consumidores — o que pode afetar diretamente a demanda.
Essa possibilidade de ampliar a fabricação no Brasil começou a ser estudada ainda no ano passado, com atualizações de maquinário e processos industriais. A Foxconn de Jundiaí, parceira histórica da Apple, já monta os modelos base do iPhone 13, 14, 15 e, recentemente, recebeu autorização da Anatel para fabricar o iPhone 16.
A homologação brasileira, no momento, cobre apenas o modelo base, enquanto os modelos mais avançados, como iPhone 16 Pro e Pro Max, continuam sendo importados. Ainda assim, a infraestrutura nacional pode ganhar protagonismo se a Apple precisar redistribuir sua produção global para reduzir custos tarifários.
Foxconn no Brasil opera sob regime especial que permite abatimento de impostos locais, mas até hoje essa produção nacional não resultou em queda significativa nos preços finais dos iPhones no país.
O foco pode ser usar o Brasil como ponto de montagem para exportar ao mercado americano, onde as tarifas são menores que as aplicadas a China e Índia.
Com informações da reportagem de André Lopes na EXAME.

iPhone 16. Foto: Divulgação/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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