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Primeiras impressões de The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Por Mayara Fortin, correspondente do Drops de Jogos na E3

Vamos então contar como foi a experiência de jogar ele em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O estande da Nintendo

Depois de esperarmos por quatro horas em uma das filas mais longas da feira, finalmente conseguimos entrar no mundo de Link e testar sua nova aventura. Por isso, devo dizer que toda a experiência que a Nintendo nos proporcionou foi um espetáculo à parte.

Diferente da maior parte das empresas que simplesmente tinham uma pequena sala de cinema para mostrar o jogo e uma área com monitores/consoles para teste, o espaço gigante reservado para esse título tinha todo um toque especial. O cômodo com o telão era todo decorado e tematizada de acordo com o jogo. A narrativa foi realizada ao vivo por pessoas com cosplays dos personagens, incluindo uma menina bem simpática e engraçada que fazia vozes do jogo pedindo para as pessoas se sentarem e se prepararem para o que estava por vir.

Assistimos o trailer que terminava com uma porta abrindo e subindo junto do telão. Lá havia uma espécie de caverna por onde nós entraríamos na área de teste, também completamente decorada com esculturas que se movimentavam, cores e luzes. Tudo dava ao jogador a impressão de que ele mesmo estava dentro do universo de Zelda.

Eu e o Luiz Ricardo Aguena, do Void Studios, testamos o jogo e não conseguimos parar de falar dele por algumas horas. Nós dois temos perfis e gostos bem diferentes, então nem sempre nossas opiniões foram iguais nos testes que fizemos juntos. Isso, na minha opinião, agregou muito à todas as discussões que tivemos. 

Mas e o gameplay, May? O jogo está lindo? Está legal? O que você achou? 

Vamos ao que interessa.

O que estava testável na E3? 

Tivemos a chance de jogar duas demos, totalizando mais de meia hora de gameplay. Aqui vem meu lado crítico porque não entendi o sentido de disponibilizarem duas demos separadas. Isso me pareceu um pouco incômodo. O/a jogador/a tinha acesso à uma demo de 25 minutos com Link no início do jogo sem equipamentos e ainda passando pelo tutorial, além de uma demo de 15 minutos em que o herói já estava no meio da história e carregava diversas armas e itens para testar as novas funcionalidades do jogo.

Parece legal, não é?

A grande questão é que a ordem de jogo foi invertida. Ou seja, primeiro tivemos que jogar 15 minutos olhando para um papel guia que tinha alguns dos comandos utilizados no jogo, enquanto o restante deles nos era ensinado pelo/a monitor/a que estava ao nosso lado. Só depois fomos levados à demo do início do jogo, fazendo com que a gente passasse por um tutorial completo, o que incluía de vestir o Link até aprender a correr, pular e atirar. 

Deixando essa questão de lado, nas palavras do Luiz Aguena: “O gameplay estava fantástico, gostoso de se jogar, com cores vibrantes e um gráfico impecável”. Honestamente, acredito que boa parte dos jogos AAA na E3 tinham gráficos maravilhosos e eu não chamaria o visual de nenhum jogo da Nintendo de impecável ou realista, especialmente na comparação com títulos do PlayStation ou do Xbox.

Mas o jogo estava de fato lindo e com um gráfico excelente “estilo Nintendo”. Ele também me pareceu realmente gostoso de jogar, além de colorido e bonito.

Tive, no entanto, um problema sério com o controle do Wii U, que é pesado demais para quem tem tendinite como eu. Mesmo assim, minha experiência foi muito positiva.

Quais são as novidades do novo Zelda?

Fazendo das palavras do meu companheiro de testes as minhas: “O jogo parece mais aberto que os títulos anteriores da série e o jogador pode alcançar determinados lugares ou mesmo enfrentar inimigos de formas diferentes para alcançar o mesmo resultado. O sistema de craft parece simples de se entender ao mesmo tempo que provavelmente fará os/as jogadores/as gastarem várias horas buscando itens e interagindo com o ambiente para conseguirem melhorar seus itens”.  

De fato, as possibilidades são inúmeras, desde pegar um galho de árvore e algumas pedras e folhas no chão para criar uma arma até passar com ela ao lado de uma fogueira, fazendo-a pegar fogo para depois sair pelo mundo incendiando plantas para cercar inimigos. Provavelmente também haverá um certo nível de customização do herói, já que ele inicia o jogo seminu e abre baús para encontrar vestimentas.

O sistema de batalha é muito variado, com tiros com arco e flecha e até arremesso de objetos do entorno. Eu ainda prefiro o jeito clássico de “sair na mão” com os inimigos, conhecido como ataque melee. 

E por falar em entorno, o mapa desse novo Zelda é imenso e nós pudemos explorar uma floresta, um castelo e uma caverna submersa, onde tivemos que resolver alguns puzzles para conseguir itens e abrir portas. Esses elementos de puzzle, mesmo que simples, em jogos de RPG são sempre algo que me chama a atenção, agregando muito à minha experiência de jogo. 

Estou curiosa para poder jogar a aventura completa, pois já nos avisaram que o que pudemos experimentar nessa demo não corresponde nem a 10% de tudo que o jogo completo irá nos oferecer. Nosso veredito é positivo.

Eu e o Luiz acreditamos que Zelda continua sendo um jogo de ação com elementos de RPG genial. Essa nova versão chegou cheia de pontos positivos e que prendeu nossa atenção por todos os minutos de jogo, criando expectativa até o lançamento oficial.

A correspondente internacional viajou a convite das empresas: Void Studios, Aquiris Game Studio, TDZ Games e Flux Game Studio.

Para ver o que a Mayara está fazendo na E3, que tal acompanhar o novo Instagram do Drops de Jogos?

Mayara Fortin é arquiteta por formação e viajou por diferentes países, do Leste Europeu até os Estados Unidos. Atualmente trabalha como relações públicas do Void Studios de São Paulo e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende fazer reviews de tudo o que jogou. É a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.

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