Entidade norte-americana afirma que ainda existem poucas mulheres no desenvolvimento de games - Drops de Jogos

Entidade norte-americana afirma que ainda existem poucas mulheres no desenvolvimento de games

Palestra do presidente da ESA no evento DICE informou que apenas 22% dos profissionais da área são mulheres.

  • por em 2 de março de 2016

O CEO da ESA, associação norte-americana que representa a produção de softwares e games, afirmou em recente palestra que apenas 22% dos profissionais da indústria de jogos digitais são mulheres. Segundo o executivo, esta cifra "não é boa o bastante".

A palestra foi proferida no DICE Summit, evento de design, inovação e comunicação, que aconteceu em Las Vegas, entre os dias 16 a 18 de fevereiro. Durante sua fala, Michael Gallagher observou que, além da baixa presença feminina na indústria de games, a percentagem de mulheres em outras áreas do setor de tecnologia norte-americano é "drasticamente menor". "Se você olhar para o que a nossa indústria representa no momento, temos 22% dos postos de trabalho dessa indústria ocupados por mulheres. Em outras áreas do setor de tecnologia, [esse percentual] é drasticamente menor. Isso não é bom o suficiente", enfatizou.

Gallagher se mostrou otimista com o futuro, divulgando levantamento da associação segundo o qual quase um terço dos alunos matriculados em cursos de games no país são atualmente mulheres. A avaliação foi realizada em 180 escolas que integram o Higher Education Video Game Alliance, programa voltado à defesa da cultura de games no ensino superior no país. "Temos, portanto, 31% a mais que estão chegando", comunicou, com entusiasmo. "Isso é útil, mas nem de longe se compara a [um curso de] engenharia. Quando você olha para a maioria das outras grandes universidades, elas estão operando com algo em torno de 15 ou 16% [do total de vagas]. Então eu vejo o panorama aparentemente mais promissor quando se trata de questões de diversidade de hoje", explicou.

A situação é ainda mais difícil em países como o Brasil, onde o acesso ao ensino universitário é significativamente menor, apesar dos programas de financiamento estudantil, e o preconceito e assédio são muito frequentes para as mulheres que se dedicam a cursos técnicos como engenharia e ciências da computação, entre outros.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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