Os pesquisadores e acadêmicos de jogos nos EUA receberam nesta semana um duro golpe da autoridade de copyright americana. Eles tiveram negado seu pedido para afrouxar o DMCA (Digital Millennium Copyright Act), a fim de facilitar o acesso a games antigos que não são mais vendidos por suas produtoras.
Video Game History Foundation (VGHF) e Software Preservation Network organizaram juntas uma petição para mudar as regras do DMCA e permitir que museus e bibliotecas ofereçam acesso remoto aos títulos jogáveis que possam ter em seus catálogos. A ideia é ajudar na preservação desses jogos, além de permitir o acesso de pessoas de todo o país para desenvolver suas pesquisas e ciência do videogame.
A associação das empresas de entretenimento de software (ESA), no entanto, se posicionou contra a petição. A organização argumenta que o acesso remoto a jogos antigos pode atrapalhar o mercado de potenciais relançamentos para esses títulos. No fim, a autoridade dos EUA que regulamente copyright se posicionou favorável à ESA e não permitiu alteração do DMCA.
“Hoje, o Escritório para o Copyright dos EUA anunciou que não vai apoiar as necessidades de bibliotecas e arquivos para aumentar o acesso à história do videogame, deixando mais de 87% dos jogos clássicos legalmente inacessíveis através de quaisquer meios práticos”, declarou a VGHF, a respeito da decisão por não flexibilizar o DMCA.
Como indica o nome, o DMCA foi estabelecido para proteger o copyright de produtos digitais. Como parte de suas regras, o ato passa por uma revisão a cada três anos – e é por isso que o esse mesmo pedido de permitir acesso remoto aos jogos em bibliotecas está sendo negado pela quarta vez. Entidades de preservação de games tentam desde 2015 a alteração.
Envolvidos com a luta afirmaram que não pretendem desistir, então uma nova petição deve acontecer em 2027. Até lá, preservadores e pesquisadores precisarão se deslocar até museus e bibliotecas para poder jogar títulos antigos dentro da legalidade. Vale lembrar que para a criação de artigos e outros usos acadêmicos, o uso de emuladores ou outros meios considerados pirataria podem atrapalhar as chances de publicação.
Com informações do TechSpot e do Adrenaline.
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