Por Pedro Zambarda, editor-chefe, com reportagem direto da Brasil Game Show.
“A BGS está decadente”. “Não tem nada novo aqui”. Ouvi essas duas frases algumas vezes no Anhembi, novo espaço da Brasil Game Show. O evento, com um dia que misturou imprensa, influenciadores e alguns credenciados, estava longe de ser vazio. Ouvi também: “A BGS é o maior evento de games das Américas”. O que inclui os Estados Unidos, a Meca dos videogames. E isso é verdade também.

O segredo da Brasil Game Show continua sendo o raciocínio mais simples e óbvio. É um evento mais antigo, que não apela para o apoio internacional meramente como a Gamescom Latam, e que ocorre num país com profundas desigualdades sociais. Nesse contexto, a feira recebe mais de 300 mil pessoas que muitas vezes não têm os PCs e consoles de última geração e apreciam seus games prediletos e equipamentos de última geração nesse tributo ao consumo. Por isso ainda dá certo.

Para a imprensa, os atrativos são menores. Naoki Hamaguchi, diretor do excelente Final Fantasy VII Rebirth, autografou pôsteres para jornalistas e assistiu a orquestra A New World dedicada a FF com músicos brasileiros. Foi um momento sublime desse encontro dos games.

Hideo Kojima, o criador de Death Stranding 2 e Metal Gear, estará no evento. Sua participação não é nova, mas ele está em turnê internacional promovendo uma intensa divulgação de mais trabalhos cinematográficos na indústria. Como um rockstar.

A BGS segue sendo um templo de consumo. Nos próximos dias trarei mais impressões do maior evento de videogames do Brasil.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
