O segundo dia de BGS 2025. Por Pedro Zambarda - Drops de Jogos

O segundo dia de BGS 2025. Por Pedro Zambarda

Teve Denilson e loucuras indies

Por Pedro Zambarda, editor-chefe. Reportagem direto da Brasil Game Show, em São Paulo.

O segundo dia de BGS 2025, Brasil Game Show, estava um bocado difícil de caminhar, com péssimo sinal de celular e na base do energético da sala de imprensa. Era coisa que eu fazia tranquilo com 20 anos. Hoje a gente faz com um pouco mais de dificuldade. No primeiro dia, joguei Cyberpunk 2077 Phantom Liberty e Persona 3 no Switch 2, além de Resident Evil Survival Unit para celular, que está impecável para os padrões da Capcom – um jogo de zumbi didático e com toda a lore de Claire Redfield e companhia nessa série de terror.

O segundo dia definitivamente não foi de gameplay. Teve até encontro com o jornalista André Forastieri, veterano do setor, que está participando do crowdfunding e do projeto do livro Nintendistas com Pablo Miyazawa e o maior YouTuber de Nintendo no Brasil, Rodrigo Coelho.

Foi dia de imergir na área indie do evento, admirada por boa parte dos visitantes. Além de Hell Clock, inspirado em Canudos e que transformou a Rogue Snail, que eu vi no primeiro dia, o pavilhão dos independentes aumentou a dimensão dos corredores e tem jogos verdadeiramente incríveis para se apreciar.

Para começar, Tupi: The Legend of Arariboia conta a história do povo originário tupi-guarani entre os estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Seus criadores desejam popularizar o folclore brasileiro tanto entre os brasileiros – que desconhecem seus indígenas pelo absoluto genocídio executado desde a colonização – até chegar em públicos internacionais. Tupi vem na mesma onda de Hell Clock, de se apropriar de enredos únicos deste país em mecânicas e referências consagradas e sempre com pitadas de originalidade.

Aviãozinho, jogo de tiro instalado em um mod de Quake, traz o espírito carioca de Niterói em uma experiência que brinca com Pablo Escobar, Silvio Santos, aviãozinho de dinheiro, um orelhão e tudo o que dá o puro suco de Brasil. O desenvolvedor conversou conosco fez 11 jogos até chegar nesse videogame brasileiro. E diz para quem quer se aventurar na área para que não desista. Que teste as ideias mais absurdas nos jogos eletrônicos. Tem muita coisa que o público quer ver.

O game tem apoio da ACJOGOS-RJ, presidida pelo grande Mácio Filho – um dos homens que fez o Marco Legal dos Games nacional acontecer.

Tem muitos outros games na BGS, elencados pelos queridos do Controles Voadores, como Legacy of Pandora, Wedgetail e até os fliperamas de Juno Cecil, que fez Changer Seven.

Fora os grandes independentes, que marcam espaço a duras penas na maior feira de jogos do Brasil, acompanhei ativações da Konami e o jogador Denilson Show tirando sarro de influenciadores por ser um vencedor de Copa do Mundo.

E teve o estande da Devolver, maravilhoso, parecendo feira livre com pastel e caldo de cana.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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