Com robôs desenvolvidos pelo estúdio brasileiro Kokku e apoio de grandes desenvolvedoras como CD Projekt Red (de Witcher), Horizon Zero Dawn nasceu como um universo de mundo aberto graças ao trabalho da Guerrilla Games (Killzone) em parceria com a Sony. E o brilho do jogo que chegou no dia 28 de fevereiro é sua protagonista Aloy, inspirada em heroínas como Ygritte de Game of Thrones e Ripley de Alien.
No entanto, o traço feminino não está presente somente na heroína amazona, que combate utilizando arco e flecha, além de múltiplas armas. O mundo aberto de Horizon traz indícios que, embora seja baseado na Terra que conhecemos, ele foi pensado num aspecto muito mais feminista do que o padrão em jogos.
O enredo acontece depois de um quase apocalipse que tomou a humanidade, envolvendo os robôs dinossauros e uma cientista chamada Elisabet Sobeck, que pregava tecnologias verdes e sustentáveis e era rival de Ted Faro. Derrotada, ela desenvolveu o Project Horizon Zero Dawn, enquanto as máquinas tomaram o nosso planeta.
Sobreviventes e sem a memória do passado, os humanos constituíram uma sociedade dividida em tribos. O grupo de Aloy é matriarcal e louva entidades femininas. As mulheres tem posição de liderança. Você visita o "Coração da Mãe". Os homens tem papel secundário.
Embora Aloy seja uma banida da sua tribo Nora por "não ter mãe", seu exame de admissão entre suas companheiras mostra que o papel de guerreira de mulheres neste novo mundo. E a sociedade selvagem revivem uma religiosidade primitiva que existiu na história humana, revivendo tempos anteriores ao cristianismo.
Ao andar no mundo aberto, temos a impressão que o mundo de Horizon Zero Dawn é feminista estruturalmente. Traz a tona, também, o combate por um mundo mais sustentável aos avanços do homem. O jogo se torna, justamente por isso, uma crônica necessária para os tempos atuais.
Não há sexualização desnecessária, as mulheres não são transformadas em objeto de deleite masculino e não há o reforço de preconceitos do nosso atual tempo. A amazona enfrenta robôs gigantescos sem dever nada a outros heróis. E nada disso é feito de maneira forçada. Horizon se sagra na narrativa e na construção de mundo.
O jogo não passa o tempo todo no famoso "Teste de Bechdel" – que questiona se há duas personagens mulheres que falam entre si sem mencionarem homens -, mas ele muda o enfoque tradicional dos enredos de jogos. A busca de Aloy para descobrir se tinha ou não uma mãe preenche boa parte do roteiro.
Aloy é a heroína feminista num universo novo que tem tudo para cativar todos os tipos de gamers, incluindo mulheres e homens.
E isso é ótimo.
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Puxar o feminismo pra elogiar Horizon Zero Dawn erroneamente com afirmações do tipo "O grupo de Aloy é matriarcal e louva entidades femininas. As mulheres tem posição de liderança. Você visita o "Coração da Mãe". Os homens tem papel SECUNDÁRIO." é doentio.
Acho que é meio ÓBVIO que os homens tenham papel "secundário" em um jogo onde a personagem principal e a história sejam focadas numa MULHER, não?
E por que eu digo "secundário?" porque propositalmente o autor do pseudo-texto OBSCURECE personagens masculinos importantes na história do jogo ou os mal menciona, sem falar que ele IGNORA que QUEM a criou e a SALVOU e a ENSINOU TUDO sobre como sobreviver foi um HOMEM, que a ADOTOU, caso contrário, ela seria apenas mais uma BANIDA COMUM, com vidinha comum, como todos os outros, dado o contexto.
O feminismo é tão doentio que prega superioridade feminina ao mesmo tempo em que diz "querer igualdade", menosprezando quem não é mulher.