A frase veio num mal momento para a desenvolvedora de Guildford, na Inglaterra. Apesar de notas regulares em grandes veículos, como Destructoid e IGN – entre 6 e 7 -, No Man's Sky foi bombardeado por críticas. Os criadores de jogos só tinham feito Joe Danger antes daquele projeto e o game de exploração espacial indie tinha metas megalomaníacas.
O título tem 18 quintilhões de planetas, o que tornaria ele difícil para ser terminado durante anos. Além disso, os mundos seriam povoados por fauna e flora variados. Seria um game independente com distribuição da Sony para chegar no seu ambicioso sucesso.
No entanto, o objetivo final não foi atingido.
No Man's Sky veio sem modo multiplayer online, o que o tornaria um grande competitivo de tiro na rede. O jogo também trouxe limitações naturais de um universo muito grande, como é o caso de Star Citizen, jogo financiado por milhões de dólares em crowdfunding que não enxergou a luz do dia.
O jogo da Hello Games viu a luz do dia, mas não teve a recepção esperada, embora toda a mídia tenha afirmado que o game seria um sucesso.
E eis que surgiu o tuíte do dia 28. Sean Murray, fundador da empresa e criador do game, assumiu a autoria. Disse que suas contas foram invadidas por hacker. A revista Forbes e o site Mashable, no entanto, levantaram a hipótese da mensagem ter sido enviada por um funcionário descontente com a recepção de No Man's Sky.
A Hello Games tem apenas 16 funcionários e a Forbes afirma que o clima da empresa não é dos melhores, embora não mencione nomes. Murray desmente os rumores.
O tuíte certamente presta um desserviço de relações públicas para a empresa.
No entanto, enquanto o mal-estar permanece, uma boa lição pode ser tirada da história.
Numa conversa em Porto Alegre, no começo de outubro, com o desenvolvedor Oscar Clark, evangelizador da Unity, ele me surpreendeu afirmando que estava animado com No Man's Sky. "Acho sim que a imprensa inflou a hype do jogo, mas ele traz méritos próprios como um projeto novo que merecem a atenção", disse o inglês de Aldershot. E ele pareceu não se importar com o que a mídia comenta sobre o game.
Para o evangelizador, a decepção reflete mais as expectativas da indústria do que o produto em si. Ele realçou que achou a arte do game peculiar, cativante e interessante a ponto de ser consumido. O mercado, no entanto, espera um jogo que ultrapasse em qualidade projeto que levaram muito mais tempo para serem desenvolvidos.
Entre tuítes hackeados e recepção que frustra a hype da imprensa, talvez devêssemos repensar em como tratamos os lançamentos da indústria de entretenimento eletrônico.
Talvez nós somos um pouco injustos com No Man's Sky neste momento.
Via Forbes, Ars Technica, UOL Jogos, Polygon e Mashable
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