"De acordo com a Film Foundation, metade dos filmes feitos antes dos anos 1950 foram perdidos. Então eu comecei a pensar se alguém está fazendo isso [restaurando filmes] nos games. Queria saber se alguém dá certeza de que a mesma porcaria não será feita com os videogames, aquilo que condenou alguns longas a desaparecerem do mercado. E, yeah, existem pessoas fazendo isso. Mas não chamamos eles de arquivistas. Nós não nomeamos eles como arquivistas digitais ou algo do naipe. Chamamos eles de piratas de software", disse Frank em sua palestra de cerca de uma hora.
O discurso dele vai contra a resolução que a Nintendo tomou contra emuladores há mais de 10 anos. "Emuladores desenvolvidos para jogar cópias ilegais de software promovem a pirataria. É simples assim e não é aberto ao debate", afirma o texto.
Frank diz que o Virtual Console do Wii U não é nada mais e nada menos do que um emulador. Ao solicitar novos comentários da Big N sobre o assunto, a empresa diz que não utiliza ROMs ou arquivos baixados indevidamente da internet.
O posicionamento conservador da Nintendo é conhecido. Ela demorou até 2006, pelo menos, para começar a investir em games baixados pela internet ou mesmo em simples transações online. No Brasil, a presença do mercado cinza de troca pirateada de games impede grandes faturamentos em relação a outros mercados menos sobretaxados e mais legalizados, o que fez a empresa japonesa pular fora do país em 2015.
Mas será que a pirataria não acaba conservando os games que tanto gostamos? O questionamento de Frank Cifaldi não foi só provocador e relevante na GDC, mas elucida questões recorrentes muito além de uma criminalização superficial da pirataria.
Ele levanta uma das discussões centrais hoje: Queremos beneficiar apenas as empresas desenvolvedoras ou a cultura gamer que existe entre nós?
Fica a pergunta.
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